Caso da Mega-Sena em Joaçaba volta aos holofotes com novas revelações

O emblemático caso da Mega-Sena, que em 2007 colocou patrão e empregado em uma batalha judicial pelo prêmio de R$ 25 milhões, voltou à mídia neste final de semana. Em entrevista concedida ao programa “No Campo das Ideias”, do jornalista Carlos Henrique Roncálio, o advogado Francisco Assis de Lima trouxe à tona fatos inéditos sobre o processo, que se tornou referência em disputas jurídicas no Brasil.
O caso teve início quando Altamir da Igreja, patrão e portador do bilhete premiado, foi acionado judicialmente por Flávio Biássi, seu funcionário, que alegava ter contribuído com os números da aposta. A falta de acordo entre as partes levou o conflito para os tribunais, onde o processo se estendeu por sete anos, culminando em 2014 com um valor total de mais de R$ 40 milhões devido à atualização monetária e juros.
Durante a entrevista, Francisco Assis de Lima revelou que, mesmo sem o bilhete em mãos, Flávio Biássi obteve decisões favoráveis na primeira, segunda e terceira instâncias. Apesar disso, no desfecho final, o cliente optou por um acordo, dividindo o valor do prêmio com Altamir. Segundo o advogado, ao longo do processo, houve uma tentativa de encerrar o litígio com uma oferta de R$ 5 milhões feita por uma das partes, mas o valor foi recusado.
Outro ponto abordado foram os honorários advocatícios, que geraram especulações na época. Francisco Assis de Lima esclareceu que o escritório recebeu 20% sobre o êxito e mais 10% pagos pela parte adversária, totalizando cerca de R$ 6 milhões em 2014. Somente de impostos, o advogado informou ter recolhido R$ 800 mil.
Quanto ao destino do dinheiro recebido por Flávio Biássi, o advogado afirmou que ele foi orientado a investir em imóveis e ainda possui patrimônio suficiente para manter sua qualidade de vida.
O caso, que marcou a história jurídica e midiática do país, ainda desperta curiosidade e debates sobre os limites da Justiça e as implicações éticas em disputas financeiras de grande porte. A entrevista reacendeu o interesse pelo desfecho da disputa, mostrando que, mesmo após anos, o episódio ainda intriga o público.
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Por Marcelo Santos