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Febre maculosa é registrada em 13 cidades do Estado

A morte de ao menos três pessoas em São Paulo causada por febre maculosa acendeu um grande alerta para a doença em todo o país. Em Santa Catarina não foi diferente. O Estado acumula 18 casos da doença somente em 2023, de acordo com dados confirmados nesta quinta-feira (15) pela Secretaria de Saúde.

Dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), apontam que 13 cidades do Estado registraram a febre maculosa.

Febre maculosa em Santa Catarina

Em Santa Catarina a febre maculosa foi encontrada nas seguintes cidades:

  • 5 casos em Blumenau
  • 2 casos em Jaraguá do Sul
  • 1 caso em Grão Pará
  • 1 caso em Corupá
  • 1 caso em Benedito Novo
  • 1 caso em Canelinha
  • 1 caso em Joinville
  • 1 caso em Rio dos Cedros
  • 1 caso em São Bento do Sul
  • 1 caso em Urussanga
  • 1 caso em Luiz Alves
  • 1 caso em Massaranduba
  • 1 caso em Orleans.

Sem casos na Capital

De acordo com a Diretoria de Vigilância em Saúde de Florianópolis, não há nenhum caso registrado na cidade. A pasta explica que nenhuma região da cidade tem contaminação do carrapato-estrela, que se contaminado, transmite a doença.

Sobre possíveis áreas de risco, a diretora da Vigilância, Rosilani Martinello dos Santos, explica que não há como defini-los, uma vez que não necessariamente o carrapato irá transmitir a doença, e sim, somente os que estiverem infectados.

Sintomas

Os sintomas da febre maculosa listados pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) são:

– Febre;

– Dor de cabeça;

– Dor muscular intensa;

– Mal-estar generalizado;

– Náuseas e vômitos;

– Manchas redondas avermelhadas na pele;

– Linfadenopatia (íngua);

– Escara de inoculação (lesão no local onde o carrapato ficou inserido).

“Os sintomas podem aparecer entre o segundo e o 14º dia de exposição. É sempre importante procurar por atendimento médico ao apresentar sinais e sintomas. O médico vai fazer a avaliação, investigando se a pessoa mora e/ou esteve em local de mata, floresta, fazendas, trilhas ecológicas e se ela pode ter sido picada por um carrapato. Além disso, são realizados exames para confirmar o diagnóstico”, finaliza Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive.

Prevenção

A prevenção da febre maculosa é baseada no impedimento do contato com o carrapato, de acordo com a Dive. Por isso, é recomendado:

  • Usar roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro;
  • Usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;
  • Evitar andar em locais com grama ou vegetação alta;
  • Usar repelentes de insetos;
  • Verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;
  • Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça;
  • Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água;
  • Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil há 53 casos da doença confirmados somente neste ano. Destes, oito resultaram em mortes. O Estado de São Paulo registrou 12 casos, sendo seis mortes, quatro casos de cura e dois que continuam em investigação.

O Ministério aponta ainda que de janeiro de 2013 a 14 de junho de 2023 foram 2.059 casos da doença. Dos casos, 1.292 casos foram na Região Sudeste.

Fonte: ND+

Carrapato-estrela, transmissor da bactéria causadora da Febre Maculosa. – Foto: Reprodução/Prefeitura de Jundiaí/ND