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SC emite nota após liberação de vacina para crianças

Após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizar a utilização da vacina da Pfizer para imunizar crianças a partir de 5 anos contra a Covid-19, nesta quinta-feira (16), muitos questionamentos começaram a ser feitos. Com isso, entenda como será a imunização da faixa etária em Santa Catarina.

Conforme nota emitida pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), assim como a OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta sobre a importância da imunização para esta faixa etária, a SES (Secretaria de Saúde de Santa Catarina) também é favorável à decisão.

A secretaria de Saúde aguarda informações oficiais do Ministério da Saúde quanto à aquisição da vacina, bem como orientações técnicas sobre o prazo para inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

No Estado, a população de 5 a 11 anos está estimada em 642.800 crianças. Além disso, desde o início da pandemia foram notificados 28.788 casos de Covid-19 em crianças da faixa etária em Santa Catarina, dos quais oito evoluíram para óbito. Também foram registradas 1.188 hospitalizações, das quais 169 necessitaram de internação em leito UTI.

Autorização para imunizar crianças a partir de 5 anos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a utilização da vacina da Pfizer para imunizar crianças a partir de 5 anos contra a Covid-19. Dessa forma, a bula do produto no Brasil vai passar a indicar a nova faixa etária. As informações são da Folha de São Paulo.

“O número de casos de Covid-19 tem sido representativo na população pediátrica. Nós temos um perfil de segurança e reatogenicidade positivo com a vacinação e nós temos resultados importantes de geração de anticorpos nessa população”, explicou o gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Brasil ainda não comprou as doses

Apesar do anúncio, o Ministério da Saúde ainda não começará a vacinação nos mais jovens, porque não solicitou a aquisição de doses específicas para a faixa etária correspondente. A pasta prevê imunizar 70 milhões de crianças.

Segundo a Pfizer, o contrato para fornecimento de 100 milhões de vacinas em 2022 inclui a possibilidade de entrega das versões modificadas do imunizante, tanto para combater a nova variante Ômicron como para proteger crianças. A farmacêutica confirmou que nenhuma dose pediátrica foi enviada ao Brasil.

A empresa também disse que não será preciso um novo aditivo no contrato. Para garantir a entrega das doses específicas das crianças, é necessário solicitar ao ministério. A Pfizer não informou em quanto tempo pode enviar essas vacinas após ser acionada pela Saúde.

Gestores do Ministério da Saúde estimam que doses comecem a chegar em janeiro de 2022. Com o aval, o governo também precisará inserir o novo público no plano de vacinação da Covid-19 e organizar a entrega das doses específicas aos estados.

Conselho Nacional de Secretários de Saúde apoia decisão da Anvisa

O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) é um dos órgãos que manifestaram apoio à decisão da Anvisa em aprovar a indicação da vacina desenvolvida pela Pfizer para crianças a partir de 5 anos.

“Aguardamos também, com expectativa, o processo de avaliação da vacina Coronavac, do Instituto Butantan, para a vacinação de crianças de 3 a 11 anos”, escreveu o Conselho em nota.

“Já amplamente utilizada em outros países, com disponibilidade imediata no Brasil e desenvolvida em plataforma conhecida, segura, eficaz e que permite a execução ordinária das demais vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI)”, acrescentou o Conass.

“É importante destacar o alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde), que aponta que o público entre 5 e 14 anos é o mais afetado pela nova onda de Covid-19 na Europa”, continuou o órgão.

“Apesar do menor risco em relação a outras faixas etárias, nenhuma outra doença imunoprevenível causou tantos óbitos em crianças e adolescentes no Brasil em 2021 como a Covid-19. A pandemia ainda não acabou e a completa vacinação de toda a população brasileira é urgente”, finalizou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

Fonte: ND+

Foto: Secom