Equipe médica que atua no HUST realiza cirurgia inédita para controle da dor em pacientes oncológicos
Na última terça-feira, 09, a equipe médica do Hospital Universitário
Santa Terezinha (HUST), composta pelo anestesiologista e especialista em dor,
doutor Breno Grossi, pelo cirurgião geral e do aparelho digestivo, doutor
Maurício de Marco e pelos anestesiologistas, doutor Douglas Pellizzaro e doutor
Marcos André, realizaram uma cirurgia inédita para o controle da dor em um
paciente oncológico.
Conforme explica o doutor Breno Grossi, o procedimento cirúrgico consiste no
implante de uma pequena bomba colocada sob a pele do abdômen do paciente para
tratamento da dor. A bomba fornece medicação por um cateter que vai até a área
ao redor da medula espinhal.
— O medicamento é administrado diretamente na área da dor, seus sintomas podem
ser controlados com uma dose muito menor do que a necessária com a medicação
oral, reduzindo os efeitos colaterais da medicação. Popularmente, esses
dispositivos são conhecidos como bomba de morfina — explica Grossi.
Ainda de acordo com o anestesiologista e especialista em dor, as medicações
injetadas na região intratecal (no líquor) atingem o seu “alvo” de forma mais
direta, necessitando de uma dose menor do que a oral, para fazer o mesmo
efeito. As doses necessárias para controle da dor são muito menores daquelas
usadas pela via oral ou endovenosa, pois a medicação age diretamente ao redor
da medula, local que transmite os estímulos de dor.
— Como a morfina não passa pelos demais órgãos do corpo, os efeitos colaterais
são mínimos. Não ocorrem tonturas, vertigens, sonolências, náuseas, mal-estar,
dificuldades de raciocínio, entre outros efeitos comuns com o uso da medicação
via oral ou endovenosa — esclarece o anestesiologista.
O cirurgião geral e do aparelho digestivo, doutor Maurício de Marco, que também
fez parte da equipe médica, destaca que o efeito para controle da dor é muito
mais potente com a bomba de infusão intratecal, mesmo sendo utilizadas doses
centenas de vezes menores além disso não é necessário que o paciente se
preocupe em tomar medicações, pois a bomba libera a medicação de forma contínua
e uniforme, durante todo o seu período de vida útil (vários anos). A única
preocupação passa a ser o comparecimento periódico (a cada 2 a 6 meses) para o
abastecimento do reservatório do sistema;
— Dores que antes eram intratáveis e rebeldes, podem ser controladas com o uso
da bomba de infusão intratecal de morfina — finaliza de Marco.
Fonte e foto: Assessoria de Imprensa