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SC volta a adotar restrições estaduais contra a Covid

Prestes a completar um ano de convivência com o novo coronavírus, chegar a mais de 7 mil mortes e ter quase 650 mil casos desde o início da pandemia, Santa Catarina voltará a ter medidas restritivas para tentar frear o contágio de Covid-19.

Nesta terça-feira (23), uma reunião virtual reuniu o governo de Santa Catarina, prefeitos das 30 maiores cidades do Estado e das cidades do litoral. Nesta reunião, o governo anunciou que publicará um decreto com medidas restritivas que passa a valer ainda nesta semana e vai durar 15 dias.

O secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, disse que o decreto pode sair ainda mais rápido, entre esta terça e quarta-feira (24) e que o decreto será mais geral, ou seja, para todas as regiões.

O secretário de Saúde lembrou que os municípios e as regiões podem adotar restrições maiores se assim entenderem. Ele voltou para Florianópolis, capital do Estado, nesta terça e vai a Brasília na quarta.

Participaram da reunião, o governador de santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), o secretário de saúde, André Motta Ribeiro, o procurador-geral de Justiça e chefe do Ministério Público de Santa Catarina, Fernando Comin.

Além dos prefeitos, havia representantes da Fecam (Federação Catarinense dos Municípios) e da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina).

Quais serão as novas medidas restritivas

Entre as medidas restritivas anunciadas, ficarão proibidas atividades entre 0h e 6h em todo o Estado, com exceção para serviços essenciais. Também a partir desse horário, ficará proibida a venda de bebida alcoólica em postos de gasolina.

A PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) vai colocar um efetivo de 500 policiais na rua, em especial nos municípios litorâneos, para aumentar a fiscalização em festas e aglomerações.

Presente na reunião, o prefeito de Bombinhas, Paulo Henrique Dalago Muller, o Paulinho (DEM), disse que locais que tem 70% de ocupação permitida atualmente, passarão a 50%; os que estão a 50% para 25%, mas que não haverá lockdown no município.

Segundo ele, as escolas estão com restrição de 50% e a medida deve continuar no município. O mesmo vale para o transporte coletivo, segundo o prefeito de Bombinhas, cidade do litoral catarinense.

Serviços considerados essenciais, como educação, e outras atividades como o transporte coletivo, ainda não estarão contemplados nesse novo decreto. As prefeituras continuam com a permissão para adotar medidas mais rígidas.

Ministério Público defende medidas mais eficazes

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), por meio do procurador-geral de Justiça, Fernando Comin, defendeu a adoção urgente de medidas restritivas mais eficazes.

Ele pontuou que isso deveria ser a partir de critérios técnicos, sob pena de se transformar em caos a gestão da pandemia no Estado. Para Comin, ampliar número de UTI no Estado não será suficiente para salvar vidas.

“Não estamos aguardando, já estamos lidando com o colapso da saúde em Santa Catarina. Dos 7 mil casos de pessoas internadas em UTI, 3,5 mil, pessoas acabaram vindo a óbito”, defendeu Comin. Ele ressaltou que é importante a unidade entre Estado e municípios na gestão da pandemia.

Os municípios pediram que o Estado adotasse medidas mais enérgicas na fiscalização, mas não medidas de lockdown, ou fechamento de comércio, porque os comerciantes sofreram com isso em 2020.

Fonte: NDMAIS