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Laudo geológico revela riscos para moradores de encosta em Joaçaba

20160218_154339Um laudo feito por um geólogo, entregue nesta quinta-feira (19) na prefeitura de Joaçaba, confirma o risco de deslizamento de terra e pedras numa encosta no bairro Santa Tereza. A área havia sido interditada pela Defesa Civil no início da semana, após a enxurrada, e pelo menos 12 famílias tiveram que deixar suas casas na rua Sergipe. O geólogo Custódio Crippa fez uma vistoria detalhada do local e constatou que a encosta oferece risco aos moradores. Segundo ele, o que provocou a movimentação de terra foi um loteamento implantado nas ruas Ayrton Senna e Valdomiro de Março. “Providências urgentes devem ser tomadas quanto a canalização, o controle das águas deste loteamento que estão sendo descarregadas neste ponto” explicou ele.

Na vistoria foram encontrados muitos blocos de pedra na encosta, alguns de grande porte, que podem sedddddd soltar e atingir residências ladeira abaixo pois estão numa região com alto grau de inclinação. “Foram identificados vários afloramentos rochosos e blocos de grande diâmetro em toda a encosta, inclusive no local do deslizamento. Estes blocos estão desestabilizados, alguns escorados em árvores, podendo se desprenderem a qualquer momento, atingindo habitações” cita o laudo.

Chuva torrencial (80mm em 2hs), terreno inclinado, solo argiloso e ausência de canalização de água fluvial, são citados como fatores que ocasionaram o deslizamento. O geólogo recomenda monitoramento constante da movimentação de massa do material que deslizou, manter os moradores afastados de suas residências até novas avaliações e eliminação via canalização da água oriunda do loteamento da parte superior.

Para o município, para os novos loteamentos, o geólogo aponta que deve ser observado com atenção a canalização das águas, fazendo cumprir a lei do Parcelamento do Solo (6.766) que exige laudo geológico para liberação de todo e qualquer parcelamento de área.

O laudo foi entregue a Secretaria de Infraestrutura da prefeitura, Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

Por Marcelo Santos