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MPT vê falhas graves e dá encaminhamentos para tentar proteger funcionários de agroindústrias em Concórdia e Ipumirim

O procurador do Ministério Público do Trabalho em Joaçaba, Anderson Luiz Correa da Silva, acredita que as agroindústrias da região falharam nas ações de combate ao novo coronavírus, o que inclui o monitoramento de funcionários e afastamento dos colaboradores em caso de sintomas. A entrevista foi divulgada nas últimas horas pela revista Globo Rural.

De acordo com Silva, os casos apurados incluem as plantas das unidades da BRF em Concórdia e a JBS em Ipumirim. No entendimento do procurador, “há uma falha grave dos frigoríficos na vigilância ativa para fazer tudo que está ao alcance da empresa para impedir que os doentes não compareçam na unidade”. Ele justificou a sua fala dizendo que se medidas tivessem sido tomadas “não haveria essa explosão de casos”.

Ainda na reportagem o procurador Anderson Luiz Correa da Silva disse enfrentar dificuldades para negociar com algumas empresas. Nesse sentido, ele cita a JBS de Ipumirim. O procurador explica que a apuração junto as Secretarias Municipais de Saúde de cidades próximas de Ipumirim revelou que 91 casos foram confirmados, número superior aos 40 reportados pela agroindústria.

Na unidade da BRF em Concórdia, as investigações apontam 94 casos confirmados da doença, mesmo após a empresa assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para adequar as condições de trabalho em suas plantas industriais. Procurador do trabalho responsável por acompanhar a evolução dos casos no frigorífico, Anderson Luiz Correa da Silva acredita que não tenha dado tempo de as medidas adotadas apresentarem o resultado esperado, o que levou ao aumento de casos confirmados dias após a assinatura do acordo.