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Papagaio-de-peito-roxo visita família de Vargeão para “roubar” comida

Um papagaio-de-peito-roxo tem causado dor de cabeça para uma família da localidade de Extensão Bica d’Água, em Vargeão. A ave, conhecida pelas penas roxas no peito e vermelhas próximas ao bico, não é tão encantadora assim para os moradores, que enfrentam visitas inesperadas há cerca de três meses.

Reintroduzido no Parque Nacional das Araucárias, localizado entre os municípios de Passos Maia e Ponte Serrada, no Oeste de Santa Catarina, o papagaio deixa o habitat para visitar a família quase todos os dias. De acordo com a presidente do Instituto Fauna Brasil, Vanessa Kanaan, a ave de registro “08” viaja por vários municípios da região, assim como outras que também gostam de passear. Segundo a moradora, o papagaio aparece em diferentes horários do dia e tem um objetivo bem específico no local: se apoderar dos alimentos. Como se não bastasse, ele também aproveita para bicar objetos que encontra no caminho, como flores, roupas e até chinelos. A ave também chegou a roer uma janela da casa da família. Além de ser folgado e deixar prejuízo, não é nenhum pouco amigável, segundo a família. “Ele não deixa chegar perto”.

  • Reintrodução do papagaio-de-peito-roxo
  • Desde 2010, o papagaio-de-peito-roxo está sendo reintroduzido no Parque Nacional das Araucárias, localizado entre Passos Maia e Ponte Serrada. A iniciativa busca recuperar a população da espécie, que é nativa da Floresta de Araucária.

O papagaio foi declarado extinto localmente na década de 1980 devido ao desmatamento e ao tráfico de animais. Hoje, ele é classificado como “em perigo” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

As aves que estão sendo reintroduzidas no parque são provenientes de diversas situações, como tráfico ilegal, entregas voluntárias, resgates e reprodução controlada em zoológicos e criadouros.

O Instituto Fauna Brasil solicita a colaboração da comunidade para registrar avistamentos do papagaio-de-peito-roxo. Fotos e vídeos podem ser enviados pelo WhatsApp para o número (48) 99996-0435

Mesmo com esses pequenos transtornos como o registrado em Vargeão, o Instituto pede para que as pessoas não alimentem os papagaios e evitem interações com as aves. Se acaso algum lhe fizer uma visita, a orientação é tentar espantá-lo utilizando uma toalha.

Fonte: OSTEMais