Ferrovia entre Chapecó e Correia Pinto vai custar cerca de R$ 10 bilhões
O Secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias do Governo de Santa Catarina, Ivan Amaral, concedeu entrevista a Rádio Catarinense esta semana e confirmou o traçado da ferrovia que ligará Chapecó a Correia Pinto, um dos projetos de infraestrutura mais aguardados do estado. Segundo Amaral, o traçado, que contempla um terminal em Correia Pinto, já teve 150 quilômetros de sondagens finalizados, dos 319 quilômetros totais previstos.
O projeto da ferrovia, que deverá ser concluído no primeiro semestre do ano que vem, foi elaborado para seguir um traçado mais econômico, acompanhando em grande parte as rodovias BR-282 e BR-470, o que se mostrou financeiramente mais viável. “Inicialmente, consideramos uma rota alternativa que passava por Videira, mas os custos foram considerados inviáveis,” afirmou o secretário.
Obstáculos e Custo do Projeto
O custo estimado da construção é de R$ 10 bilhões, com um valor aproximado de R$ 30 milhões por quilômetro. O projeto, que tem previsão de 5 anos de prazo de execução, enfrentou atrasos significativos devido à resistência de muitos proprietários de terra em permitir que as equipes realizassem os levantamentos necessários.
Com o traçado finalizado, após todos os levantamentos, o próximo passo será a execução do projeto, que deverá ser licitado para uma empresa internacional. Há interesse de empresas árabes e chinesas na construção da ferrovia, o que reflete a relevância estratégica da obra.
Alternativas Avaliadas
Outro traçado que ligaria Chapecó diretamente ao Porto de Itajaí foi estudado, mas não prosperou, reforçando a escolha pelo trajeto que passa por Campos Novos, Joaçaba e Iraní.
A ferrovia Chapecó-Correia Pinto é vista como um divisor de águas para o desenvolvimento econômico de Santa Catarina, facilitando o escoamento de produtos e conectando importantes polos industriais do estado. A expectativa é que, com a conclusão do projeto, Santa Catarina fortaleça ainda mais sua posição como um dos principais corredores logísticos do país.
Por Marcelo Santos – Rádio Catarinense FM