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Inicia estudo de viabilidade para implantação da Ferrovia Ferroeste

Mais uma etapa do Intermodal Ferroviário que pretende interligar Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, somando cerca de 2 mil km, está sendo realizado. O projeto prevê a instalação da ferrovia entre os municípios de Correia Pinto e Chapecó, passando por Campos Novos. O valor do levantamento, nesta etapa, é de R$ 35 milhões, custeado pelo Governo do Estado.

O estudo é formado por análise de viabilidade técnica, econômica e ambiental. Por iniciativa do Governo do Estado, técnicos da empresa Engevix, que foi a vencedora da licitação, estão percorrendo nesse período propriedades rurais da região, que se aproximam da SC 135 e da BR 470, em Campos Novos, Brunopolis e Curitibanos, além de já estarem dimensionando o possível traçado da ferrovia.

São mais de 300 km entre a região Oeste e a Serra. Em fala à Radio Cultura FM, o presidente do Movimento pró-Ferrovia em SC, Lenoir Brock, informou que esta etapa que compreende o modal Correia Pinto, até Chapecó, prevê dois terminais de carga e descarga, com circulação ferroviária interna e de exportação de grãos, carne, insumos, produtos acabados para a indústria, móveis, combustíveis e biocombustíveis, entre outros.

Além de enfatizar que já estão em curso também os estudos de campo do ramal ferroviário Cascavel no Paraná até Chapecó, e de Chapecó a Passo Fundo no Rio Grande do Sul, se integrando ao transporte rodoviário e marítimo, em portos e rodovias de SC e do RS.

A implantação da ferrovia aumenta a competividade da economia na região Sul, além de reduzir entre 20% a 30% reduzindo o custo do transporte. Somente no Oeste, a economia em frete seria de R$ 600 milhões anuais.

Segundo informações, a próxima etapa do Movimento Pró-ferrovia é efetivar o contrato para o estudo de viabilidade para o ramal ferroviário que ligue Correia Pinto aos Portos de Imbituba e Itajaí, assim, contemplará boa parte do estado de Santa Catarina com malha ferroviária.

IMPORTÂNCIA

Embora apresente um grande potencial e muitas vantagens, o setor ferroviário ainda é pouco explorado no Brasil, o baixo custo associado ao frete por meio das ferrovias, com um preço do frete mais baixo, o produto final, seja ele para exportação ou consumo no mercado interno, acaba tendo preço mais competitivo e impactos positivos para a economia.

Além da inexistência de pedágios, baixo custo de manutenção, não enfrentam trânsito, menor custo de abastecimento, mais ecologicamente correta e a possibilidade de grande quantidade de cargas em uma única viagem, pois um trem costuma ter mais de 100 vagões. Mas, mesmo com essa séria de benefícios, os governos não investem no setor, perdendo uma grande econômica em logística e recursos financeiros.

*Reportagem publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1822 de 28 de março de 2024.