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Dois pacientes morrem espera de leito de UTI em Xanxerê

A prefeitura de Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, comunicou na manhã desta sexta-feira (26) a morte de duas pessoas durante a madrugada que aguardavam por vaga em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). As vítimas, uma mulher, de 63 anos, e um homem, 61, que esperaram por leito há dias e estavam internados no Hospital Regional São Paulo (HSP). O município decretou estado de calamidade pública em razão da pandemia por 180 dias.

O primeiro óbito foi registrado por volta das 3h30. O homem possuía comorbidades e estava internado desde o dia 20 de fevereiro na emergência. A outra vítima, também com comorbidades, morreu por volta das 4h30. Ela estava internada desde o dia 23 de fevereiro. Segundo a prefeitura, os dois esperavam vaga desde o dia da internação.

Vinte e sete pessoas aguardam leitos de UTI e um paciente espera por vaga na enfermaria, conforme o último boletim divulgado pelo hospital na quinta-feira (25).

A unidade de saúde estão com 100% dos leitos ocupados. No HSP, 20 pessoas estão internada na UTI, sendo 19 com confirmação da doença e uma com suspeita. Na ala de enfermaria, todas as oito camas estão sendo usadas para pacientes com Covid-19.

O município, assim como a maior parte das cidades catarinense, enfrenta o aumento de casos da Covid-19, com hospitais em situações próximas de colapso por falta de leitos. O secretário da Saúde de Santa Catarina, André Motta, afirmou que este é o momento mais crítico da pandemia e pediu mais medidas para frear o vírus. Na quinta-feira (25), o governo anunciou decreto que prevê o fechamento dos serviços não essenciais entre 23h desta sexta até 6h de segunda (1º).

O estado registrou 657.649 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia, com 7.165 mortes. A quantidade de pessoas internadas no sistema de saúde público e privado do estado é a maior desde o início da pandemia: 886.

De acordo com a prefeitura, Ministério da Saúde enviará dois técnicos nesta sexta-feira (26) para avaliar as necessidades do município e o que deve ser feito em relação à falta de leitos hospitalares.

Calamidade pública

Segundo a prefeitura, o decreto de situação de calamidade pública é necessária em razão do colapso na saúde pela falta de leitos hospitalares para pacientes com Covid-19, também pelo aumento no número de casos ativos e por registrar o segundo maior índice de transmissibilidade do estado: 1,47%.

Assim, com o decreto, a prefeitura acredita que possa usar recursos de maneira mais rápida, enfrentando menos trâmites burocráticos.

Fonte: G1/SC