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Luzerna poderá ser o primeiro município da região a oferecer a população a Ivermectina contra a Covid-19

Nova onda entre prefeitos, a distribuição de kits de medicamentos preventivos à covid-19 para pacientes suspeitos de terem contraído o coronavírus — ou em fase inicial de contágio, com sintomas leves — já se espalha com força nos municípios brasileiros, e agora chega também a região de Joaçaba.Os prefeitos argumentam que testes de laboratório e doses já aplicadas em pacientes mostraram potencial de eficácia. O objetivo, dizem, é evitar o colapso do sistema de saúde.

A mais nova esperança está num fármaco antigo que é um antiparasitário, indicado para tratamento de males causados por vermes ou parasitas, como sarna, lombriga e piolho, por exemplo. Trata-se do Ivermectina.

De olho nesta possibilidade, a prefeitura de Luzerna poderá ser a primeira da AMMOC a disponibilizar esta medicação para a população através das unidades de saúde, mas com acompanhamento médico. Na manhã desta sexta-feira (10) a Secretária de Saúde, Gabriela Mezzarino, disse que o município submeteu o protocolo de uso ao Comitê de Ética e Pesquisa da Unoesc que deverá emitir um parecer já na próxima semana. Caso este parecer seja pelo uso, o município vai introduzir a Ivermectina no enfrentamento a Covid. Segundo ela, a ideia é oferecer este medicamento a pessoas suspeitas e que tiveram contato com infectados e que passarão por uma avaliação médica. A pessoa também terá que aceitar tomar este medicamento, assinando um termo. O município dispõe de uma certa quantidade deste fármaco, mas já está cotando a compra de mais um lote para eventual uso.

O contrapeso a essa ideia que se multiplica entre os prefeitos é o fato de que esse medicamento não tem eficácia comprovada cientificamente contra a covid-19. A Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu, no último dia 30, um informe sobre os medicamentos usados contra a covid-19. No texto, menciona a atividade da ivermectina em testes in vitro e acrescenta que “muitos dos medicamentos que demonstraram ação antiviral in vitro (no laboratório) não tiveram o mesmo benefício in vivo (em seres humanos). Só estudos clínicos permitirão definir seu benefício e segurança na covid-19″. 

Por Marcelo Santos