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Veja o que mostrou a pesquisa da FECOMÉRCIO sobre o CARNAVAL de Joaçaba

A FECOMÉRCIO divulgou nesta terça-feira (20) em Joaçaba os números finais da pesquisa do Carnaval em Joaçaba. A coleta de dados ocorreu entre os dias 9 e 13 de fevereiro, com abordagens diretas e entrevistas pessoais. Os pesquisadores foram alocados em pontos de grande fluxo e nos principais centros de comércio e serviços da cidade. Foram entrevistados 276 turistas, garantindo uma margem de erro de 6% e nível de confiança de 95%.

A pesquisa mostrou que 98,6% dos turistas que frequentaram as festas de Carnaval de Joaçaba em 2018 foram brasileiros, comportamento recorrente desde o início da apuração. A influência da proximidade ficou evidente na participação de turistas do Paraná e do Rio Grande Sul nas festas de Carnaval de Joaçaba, com 13,4% e 11,2% respectivamente, mas a parcela de catarinenses foi maior, 66,7% o que configura o caráter de turismo regional.  Dentre os turistas do estado de Santa Catarina, 66,7%, a maior presença foi de residentes de Florianópolis (9,1%), Chapecó (7,2%) e Concórdia (5,1%). E outra observação que corrobora a característica regional da Festa é a presença de 10,9% de turistas da própria microrregião de Joaçaba, sendo a parcela de 2,9% destes, moradores do município Caçador.

Com relação à forma de hospedagem, boa parte dos turistas ficou alojada em imóveis de parentes ou amigos (57,6%) e 33,3% em hotéis ou similares. Além disso, nesta edição da pesquisa verificou-se um aumento na fatia de turistas que optou pela locação de imóveis (6,9%) mais que o dobro do ano anterior.

O tempo de permanência – a quantidade de dias que os turistas permanecem na cidade – foi de cinco dias, valor muito próximo ao apurado nos dois anos anteriores.

Em média, o total dos gastos por turista foi de R$ 1.636,00 sendo que os gastos com hospedagem foram os mais expressivos. Cada turista gastou com hospedagem, em média, R$ 749,72 em Joaçaba. Os gastos com alimentação também foram bastante expressivos, o valor médio apurado foi de R$ 618,25. E para os gastos com Lazer, que incluem os valores de ingressos e camarotes, o valor apurado foi R$ 572,41. Os gastos médios dos turistas foram investigados por tipo de uso. Assim, os turistas que não tiveram despesas com hospedagem, por exemplo, não foram considerados no cálculo da média deste item.

A pesquisa também investigou a intenção de retornar à cidade, 91,4% dos entrevistados declarou quer pretende voltar à cidade no Carnaval de 2019. O próximo indicador analisado foi referente às vias de acesso, mobilidade e transporte. Na avaliação do indicador, realizada pelos visitantes, verificou-se que 13% das respostas julgaram como excelente, e outros 48% das respostas como bom, 20% mediano, 12% ruim e 4% péssimo. O índice de avaliação do indicador foi de 3,6 ficando entre bom e mediano.

Finalizando os indicadores da Categoria Acesso foram avaliados os banheiros, que são um componente vital nos destinos e atrativos e sua avaliação é crítica. Em relação aos banheiros (a localização, a disponibilidade e limpeza dos mesmos), verificou-se na pesquisa que 9% dos visitantes indicaram que o serviço possui uma excelente qualidade, seguidos 41% como bom, 18% como mediano, 18% como ruim e 7% como péssimo. O índice de avaliação do indicador foi de 3,4, muito superior à nota apurada no ano anterior 2,4. Na categoria de acesso a avaliação resultou no índice 3,6, muito impactada pelo último indicador.

A segunda categoria analisada é a de Ambiente, que leva em conta as questões de conforto, agradabilidade, temperatura e tranquilidade no atrativo. Ela é composta pelo indicador que avalia a percepção de conforto na cidade/região turística. Verificou-se que para 28% dos visitantes é excelente, seguidos de 56% que consideraram boa, 10% mediana, 4% ruim e apenas 1% péssimo. O índice de avaliação do indicador e da categoria ambiente foi de 4,0 ou bom.

A próxima categoria, composta por um indicador, resume de forma sintética e exata a sensação de segurança dos visitantes nos pontos turísticos e nas cidades. A avaliação do indicador contou com 43% de citações excelentes, 48% de bom, 7% mediano e 1% péssimo. O índice deste indicador/categoria foi de 4,3, ficando com uma avaliação acima do nível bom e superior aos 3,9 de 2017.

A próxima categoria é a de qualidade técnica, que considera o que o consumidor realmente percebe como resultado da organização geral do atrativo turístico. Esse grupo representa todos os indicadores da prestação de serviços em si, como a limpeza da cidade, sinalização e infraestrutura turística, lotação, variedade de atividades oferecidas, tecnologia de comunicação e os níveis de preços cobrados.

Na avaliação da limpeza das cidades, a maioria (52%) das avaliações foi considerada boa, 26% excelente. Ainda 13% avaliaram como regular 5% como ruim e 3% como péssimo. O índice de avaliação foi de 4,0.

Fez parte desta categoria de avaliação a lotação, o número de pessoas nos locais e nas ruas. Este indicador é bastante sensível à percepção do público que o avalia, pois o excesso de pessoas pode ser tão prejudicial quanto à escassez. Na concepção de 20% dos visitantes o nível de lotação foi excelente, para 56% foi boa, para 18% mediana, para 4% ruim e para 1% foi péssima. Em resumo, o indicador de lotação foi de 3,9.

Outo indicador da categoria de qualidade técnica foi a infraestrutura turística para receber os visitantes: verificou-se que 52% dos participantes consideraram como boa, 20% como excelente, 21% regular, 5% como ruim e 1% como péssimo. O índice de avaliação do indicar foi de 3,9, ficando num nível entre o bom e o excelente.

Ao serem questionados sobre como avaliavam os preços pagos pelos produtos e serviços e a relação custo/benefício, 19% dos respondentes indicaram nível excelente, seguidos por 50% que consideraram bom, 21% julgaram como mediano, 4% como ruim e 2% como péssimo. Com estes escores, o índice de avaliação dos preços foi de 3,8.

O indicador que avalia a tecnologia de comunicabilidade, sinal 3G ou 4G, wifi nos estabelecimentos e aplicativos da cidade apontou que 47% das avaliações foram boas, 22% excelentes, 14% medianas, 8% ruins e 3% péssimas. A avaliação desse indicador foi de 3,8.

Com relação à variedade de atividades ofertadas no atrativo, na avaliação do indicador, 49% dos visitantes consideraram como boa seguida por 16% como excelente, 20% regular, 7% ruim e 4% péssimo. O índice de qualidade do indicador foi de 3,7, ficando pouco abaixo do nível bom.

A sinalização nas ruas para chegar aos pontos turísticos e localidades também recebeu boas avaliações: 47% pontuaram como boa, 16% excelente. Mas os 21% de avaliações medianas, 11% ruins e 3% péssimas mostram um ponto que pode ser explorado. O índice de avaliação do indicador ficou em 3,6, abaixo do nível bom, e abaixo da avaliação do ano anterior, 3,9, sugerindo um ponto de atenção, visto que a sinalização é um dos primeiros pontos de contato do evento com turistas e uma primeira impressão pode influenciar toda a experiência com o destino.

No geral, verificou-se que a categoria qualidade técnica obteve a média de 3,8 entre o nível bom e mediano, e ainda superior aos 3,6 anteriormente apurados.

A próxima categoria analisada foi a de Elemento Humano. O primeiro indicador avaliado foi atenção dispensada pelo povo/moradores da cidade, verificou-se que 40% dos visitantes indicam um nível excelente, seguido pelo nível bom (43%), mediano (9%) e ruim (4%). No segundo indicador, o atendimento geral (hospitalidade, cortesia, atenção e conhecimento técnico), e examina a atenção da equipe de trabalhadores dos setores envolvidos com o visitante, atendendo da melhor maneira possível as necessidades específicas de cada cliente, a avaliação foi muito semelhante, 36% dos visitantes indicam um nível excelente, seguido pelo nível bom (51%), mediano (9%) e ruim (3%), com índice de 4,2. O índice de avaliação da categoria foi de 3,9, ficando muito próximo do bom.

A categoria experiência foi composta por três indicadores, no primeiro, o nível de diversão foi avaliado como excelente por 61% dos visitantes, como bom por 26%, mediano por 9%, ruim por 3% e péssimo por 1%, resultando numa média de 4,4. O segundo indicador que avaliou fuga da rotina, o quanto o turista esqueceu seu cotidiano recebeu 54% de avaliações excelentes, 33% bom, 10% mediano e apenas 3% ruim, com isso a nota final deste atributo foi 4,4. A beleza da cidade/região (natural e construída), com 39% das citações como excelente, 47% como bom, 8% medianas, e 5% como ruim, média numérica foi 4,2. Como resultado desta parcela de avaliações positivas, o índice da categoria foi de 4,3.

A média geral de todos os indicadores mostra que a percepção de qualidade na opinião dos turistas que frequentaram Joaçaba no período do Carnaval de 2018 foi boa, a nota foi de 4,0 (onde a máxima é 5).

Conclusão

O Carnaval é um dos períodos do ano que movimenta alguns destinos turísticos. Em Santa Catarina, um destino que se destaca nesse período é Joaçaba, por esse motivo, a pesquisa Fecomércio Carnaval de Joaçaba, é realizada mais uma vez. A pesquisa tem como intuito apurar o perfil desse turista, as características de sua viagem, o gasto médio e a avaliação que o turista faz do destino.

Analisando os dados referentes ao período do Carnaval de 2018 acerca do perfil socioeconômico, algumas características ficaram destacadas. A distribuição quanto ao sexo mostrou-se bem equilibrada em Joaçaba, com um leve predomínio do sexo masculino. Com relação à faixa de idade dos turistas, destaca-se a faixa que vai dos 18 a 25 anos e quanto ao estado civil o predomínio foi dos turistas solteiros e a classe social predominante é a C. Quanto à origem dos turistas a pesquisa mostrou que mais de 98% dos turistas que frequentaram as festas de Carnaval de Joaçaba em 2018 foi de brasileiros do próprio estado, comportamento recorrente desde o início da apuração em 2011.

Com relação à forma de hospedagem, boa parte dos turistas ficou hospedada em imóveis de parentes ou amigos, mas também uma grande parcela ficou em hotéis ou similares. Outra característica importante e que afeta o cotidiano das cidades e do estado está no meio de transporte escolhido pelos turistas para chegar ao destino, altera a dinâmica das cidades, nas questões de mobilidade urbana e a organização de órgão de fiscalização. Mas a movimentação de turistas também traz resultados para empresas de transporte de passageiros, postos de combustíveis e parking. O Carnaval é um feriado curto e muitos turistas optaram por destinos turísticos próximos às suas residências, e esse aspecto está relacionado com a escolha do meio de transporte. Neste contexto, é aceitável que mais de 70% dos turistas tenham se utilizado de veículos próprios como forma de transporte.

A pesquisa da Fecomércio SC aborda a percepção dos turistas em relação a diversos atributos de avaliação do destino turístico. Neste tópico, as avaliações dos turistas sobre o evento foram estabelecidas a partir de uma escala Likert, sendo 1 péssimo e 5 excelente. Foram mensurados dezessete atributos a partir do Protocolo Tourqual®, uma ferramenta de avaliação dos serviços turísticos, onde se obteve numa avaliação geral da temporada nota 4,0. Na avaliação por categorias, a de experiência teve as melhores avaliações, comprovando a beleza da cidade/região, a capacidade de envolvimento dos turistas que proporcione a fuga da rotina diária e o nível de diversão que a viagem proporcionou aos visitantes. Mesma avaliação foi apurada na categoria de segurança, que avalia a percepção de segurança do turista nos ambientes do destino turístico. Vale destacar que na comparação com a avaliação realizada no Carnaval de 2017 as categorias de ambiente, qualidade técnica e elemento humano tiveram uma sutil melhora nas avaliações, e considerando-se que estas categorias estão diretamente relacionadas com a organização da Festa, pode-se afirmar que os turistas perceberam as melhorias realizadas.

Os resultados referentes ao período de Carnaval de 2018 mostram a importância dos eventos turísticos, da conjunção entre os setores de comércio, serviços e turismo para a economia das cidades e estados. O turismo é uma atividade que demanda muita mão de obra pelo fato de estar no setor terciário, gerando empregos diretos, induzidos e indiretos. Na prática o que o turista gasta , vai ser o salário de diversas áreas. Parte do que os turistas pagam em hotéis, restaurantes e lazer, é destinado entre outros gastos, para os salários dos empregados, que por sua vez pagam aluguéis, transporte, educação, compras. Normalmente, esse valor agregado é bem maior que a soma inicialmente gasta pelos turistas e esse é o efeito multiplicador do Turismo, que gera riquezas para o destino turístico.