Escola de Samba poderá ser proibida de ensaiar bateria se não cumprir TAC com MP

O Ministério Público (MP) de Joaçaba está buscando solucionar um problema que todos os anos, vem gerando reclamações por parte de uma parte da população que reside nas proximidades dos barracões das três escolas de samba (Aliança, Vale Samba e Acadêmicos do Grande Vale). Segundo os reclamantes, é grande o problema de ruído quando dos ensaios das agremiações.

Diante desta situação, a promotora do Meio Ambiente, Márcia Bittencourt assinou no dia 5 de março passado, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o presidente da Escola de Samba Vale Samba, à época Hermes Bersaghi, para que a agremiação até o dia 5 de julho apresente um projeto técnico, que contemple um isolamento acústico em sua sede.

“Seguindo na linha de melhorar o carnaval de Joaçaba e a sua estrutura também, foi formalizado um acordo com a escola de samba para que a sua nova sede localizada no bairro Vila Pedrini, seja adequada acusticamente, para que os ensaios não venham a prejudicar a população ali do entorno”, frisou a promotora.

O projeto técnico terá que ser elaborado por um profissional (engenheiro) que emita uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Depois disso, finalizado este prazo a diretoria da Vale Samba terá mais três meses, totalizando sete meses, para começar a executar esse projeto.

“Pelas nossas contas, acreditamos que no início de janeiro a escola esteja adequada acusticamente para realizar os seus ensaios sem a emissão sonora acima dos ruídos permitidos. O que também foi importante neste acordo, é que se por ventura a Vale Samba não conseguir cumprir esse prazo, ela não realizará nenhum tipo de evento que implique em emissão de ruído mais alto do que o permitido, logo, se ela não tiver adequação acústica até o mês de janeiro, ela não poderá fazer os ensaios do carnaval, em especial da bateria no período da noite”, concluiu a promotora Márcia Bittencourt.

Por Julnei Bruno

Foto: arquivo