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Partidos inviabilizam candidatura única na AMMOC e entidades vão iniciar campanha pelo voto regional

O sonho de uma candidatura única à deputado estadual pela região de Joaçaba alimentou novamente um movimento apartidário iniciado ainda em agosto do ano passado. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) com apoio da ACIOC, OAB, SINDILOJAS, ROTARY e demais entidades, realizaram pelo menos cinco reuniões com lideranças partidárias com o objetivo de se buscar o consenso, diante da argumentação de que a região da AMMOC tem condições de eleger um candidato para ser o representante na Assembleia Legislativa (ALESC) a partir de uma grande mobilização.

Na noite desta quinta-feira (12) os representantes de entidades estiveram novamente reunidos com os partidos. A presidente da CDL/Joaçaba, Alessandra Favretto, explica que a proposta apresentada aos partidos em 2021 não obteve êxito. “Os partidos informaram que não seria possível isso, em virtude de que cada um tem seu candidato e objetivos enquanto partidos” pontuou a presidente da CDL.

Na reunião desta quinta-feira com as instituições os representantes de partido que compareceram ao encontro ratificaram a posição. Diante da inviabilidade, as entidades decidiram partir para um projeto em busca do voto regional. Ou seja, que os eleitores priorizem os candidatos da nossa região, numa tentativa de centralizar os votos, evitando a dispersão para candidatos de outras regiões do Estado, que muitas vezes só surgem com nomes nesta época, véspera de eleição. “Nós formalizamos esta ideia para os partidos e vamos agora dar continuidade neste projeto” destacou a presidente. Uma nova reunião vai acontecer já na próxima semana para definir estratégias, entre elas de mídia.

O representante do Rotary Clube, Hipólito Kremmer, ficou frustrado com o resultado do projeto que buscava a candidatura única. “Infelizmente os partidos políticos pensam muito neles, não pensam tanto na sociedade, nos cidadãos e no coletivo, e os partidos tem geralmente compromissos com candidatos de outras regiões que conseguiram alguma verba, então eles tem o compromisso de arrumar alguns votos” disse ele.

O empresário disse que esta situação se repete a mais de 20 anos, citando que o senador Jorginho Mello foi o último deputado que a região conseguiu eleger para a ALESC. Mesmo com o insucesso para estra eleição, Hipólito Kremmer entende que é preciso continuar acreditando e apostando numa candidatura única, pois em outras regiões, como Jaraguá do Sul, as entidades já obtiveram êxito. “E eles sempre tem representantes na Assembleia e na Câmara dos Deputados e nós precisamos de uma atitude firme”.

O representante do Rotary entende que a partir de agora, sem o consenso com os partidos, as entidades devem buscar para apoiar um candidato que tem uma densidade maior de votos na AMMOC. “Vai surgir 3 ou 4 candidatos e aquele que tem uma maior densidade e nesse que temos que apoiar” finalizou ele.

O movimento das entidades não tem ligação com nenhum partido. O assunto voltará ser pauta a partir da determinação das entidades que seguem acreditando.

Por Marcelo Santos