Vereadores de Tangará começam a analisar o processo de cassação do prefeito Euclides Cruz
A Câmara de Vereadores de Tangará acatou, por unanimidade, nesta segunda-feira (28) as duas denúncias populares que pedem a cassação do mandato do prefeito Euclides Cruz (PSD), preso desde o dia 27 de fevereiro durante a Operação Patrola, deflagrada pelo GAECO a pedido do Ministério Público Estadual. Euclides Cruz está preso sob a acusação de comandar um esquema de fraude de licitações em serviços de consertos de máquinas pesadas da Prefeitura Municipal.
As duas denúncias, feitas por populares, foram apresentadas no início do mês de março, lidas em plenário na sessão anterior e colocadas em votação na sessão de segunda-feira. Na mesma sessão o Legislativo de Tangará recebeu um mandado de notificação do Poder Judiciário, dando ciência da Ação Cível Pública instaurada contra o prefeito e solicitando o afastamento de Euclides Cruz da função de prefeito.
O mandado de notificação, assinado pelo juiz de direito Flávio Luiz Dell”Antonio, determina a notificação da Câmara de Vereadores “para que tome as providências cabíveis para o imediato afastamento do cargo e das respectivas funções públicas do senhor Euclides Cruz”.
De acordo com a presidente da Câmara de Vereadores, Girlene Borsoi (PMDB), as medidas sugeridas pela justiça já haviam sido tomadas com a decisão, na sessão anterior, de instalar a Comissão Processante, que irá analisar as denúncias feitas contra o prefeito.
Durante a sessão ordinária da última segunda-feira os vereadores definiram os três membros da Comissão Processante, que foram escolhidos por sorteio obedecendo a proporcionalidade partidária. Depois de sorteados, os membros entraram em consenso sobre a designação das funções de cada um durante as atividades de análise do processo, ficando na presidência o vereador João Rampon (PMDB), como relator o vereador Cezar Augusto Comachio (DEM) e como membro o vereador Nilvo Antônio Dalla Costa (PP).
Girlene Borsoi explica que, a partir de agora, começa a contar os prazos para a instrução do processo, sendo que o prefeito Euclides Cruz terá dez dias para a apresentação de sua defesa e a Comissão Processante terá 90 dias para apresentar o relatório final que será lido e votado em plenário.
Fonte: Bianca Bressan/Assessoria de Imprensa