Desaparecimento de Emiliano Lopes completa 20 dias: “Tudo o que era possível foi feito”, diz polícia
Desaparecimento de Emiliano Lopes completa 20 dias: “Tudo o que era possível foi feito”, diz polícia — e o mistério persiste
Vinte dias se passaram desde o enigmático desaparecimento de Emiliano Lopes, morador de Herval d’Oeste, que foi visto pela última vez após solicitar uma carona para um suposto encontro com uma mulher no interior de Jaborá. A pergunta que ecoa, incômoda e sem resposta, continua a inquietar familiares, autoridades e a comunidade local: o que aconteceu com Emiliano Lopes?
Em entrevista concedida à Rádio Catarinense na tarde desta quarta-feira (13), o delegado regional de Polícia Civil, Gilmar Bonamigo, afirmou que “tudo o que era fisicamente possível pela polícia foi feito” para encontrar Emiliano. Contudo, até o momento, o inquérito permanece envolto em mistério, sem nenhuma pista concreta que aponte seu paradeiro.
A última pista conhecida situa Emiliano em Linha Jaborazinho, localidade rural, onde um agricultor relatou tê-lo visto durante a madrugada, inclusive ouvindo gritos estranhos. No local, foram encontrados apenas uma jaqueta e um celular bloqueado — elementos escassos que, embora potencialmente reveladores, ainda não forneceram respostas. O celular, peça-chave na tentativa de reconstruir os últimos movimentos do jovem, aguarda perícia por parte da Polícia Científica. Segundo o delegado, o laudo pode ser entregue ainda neste mês, dependendo da fila de demandas técnicas.
Em uma força-tarefa que envolveu a Polícia Militar, Polícia Civil, grupos de resgate, cães farejadores treinados e drones, as buscas foram intensas, mas infrutíferas. O ponto mais intrigante, de acordo com Bonamigo, surgiu quando um dos cães indicou uma rota que levava a uma via pública, sugerindo uma possível movimentação posterior ao ponto onde os objetos foram encontrados. “E isso deixou um ponto de interrogação para nós”, declarou o delegado.
A falta de evidências materiais e a ausência de testemunhas tornam o caso ainda mais delicado. As autoridades trabalham com múltiplas hipóteses, mas mantêm cautela ao divulgar informações que possam atrapalhar a investigação. A polícia, inclusive, apela à população para que qualquer dado relevante seja repassado, ainda que de forma anônima. “A gente não sabe o que aconteceu nos momentos anteriores ao desaparecimento. Se a pessoa que deixou Emiliano no local tem algo mais a dizer e ainda não falou à polícia, que procure nos ajudar”, reforçou Bonamigo.
Enquanto isso, a angústia da família cresce a cada dia. A hipótese de crime não é descartada, mas também não há indícios conclusivos que a sustentem.
O mistério permanece sem desfecho, alimentando a ansiedade de uma cidade inteira e cobrando respostas que, por ora, parecem distantes. Mas uma certeza prevalece: enquanto houver perguntas sem resposta, a sociedade continuará clamando por verdade e justiça.
Se você tem informações que possam ajudar a Polícia Civil no caso de Emiliano Lopes, entre em contato pelo telefone 181 (Disque Denúncia) ou procure a delegacia mais próxima.
Por Marcelo Santos




