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Santa Catarina é referência nacional em doação de órgãos

Santa Catarina se destaca no cenário nacional quando o assunto é doação de órgãos. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o estado apresenta uma das maiores taxas de doação do país, superando 40 por milhão de população (pmp) apenas no primeiro semestre de 2023. O número é mais que o dobro da taxa nacional, fixada em 19 pmp.

Carmen Zanotto, secretária de Estado da Saúde, reforça que o serviço de captação de órgãos tornou-se uma Política de Estado nos últimos 20 anos. Coordenado pelo SC Transplantes, o programa já beneficiou milhares de pacientes à espera de um órgão, mudando vidas e criando novas esperanças.

Instituído pela Lei nº 11.584/2007, o Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, busca conscientizar a população sobre o tema. A data também incentiva as pessoas a conversarem sobre o desejo de serem doadoras com seus familiares, já que a autorização da família é crucial para a efetivação da doação.

Nos primeiros oito meses de 2023, a SC Transplantes registrou 469 notificações de potenciais doadores, com 208 doações efetivas e a realização de 1.137 transplantes. “Desde 2017, temos mais do que 40 doadores por milhão de população, um número que equivale a mais do que o dobro da média nacional”, declara Joel de Andrade, coordenador da SC Transplantes.

Entre as instituições com maiores contribuições, o Hospital Governador Celso Ramos lidera o ranking com 24 doações, seguido pelo Hospital Santa Isabel, com 20, e o Hospital Nossa Senhora da Conceição, com 19.

A empatia no tratamento das famílias dos doadores é um dos elementos cruciais para o sucesso do programa. “Treinar os profissionais para um contato humano, empático e acolhedor é fundamental”, explica Andrade.

A estrutura logística envolve um esforço interdepartamental que utiliza diversos meios de transporte, desde aeronaves das forças policiais até táxis aéreos e voos comerciais. O processo completo leva de oito a 12 horas, com exceção de órgãos como coração e pulmão, cujo tempo máximo é de quatro horas.

Qualquer pessoa pode ser um doador. O único requisito é comunicar a decisão à família, que terá a palavra final.