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Autor de massacre em creche disse que uma das vítimas sorriu para ele antes de morrer

Na tarde desta segunda-feira (17), a Polícia Civil, em entrevista coletiva, divulgou a conclusão do inquérito sobre o massacre que ocorreu na Creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau no último dia 5. Em um ponto do inquérito, segundo a Polícia, o autor do massacre teria dito que uma das crianças mortas teria sorrido para ele segundos antes do ataque, imaginando que talvez ele fosse brincar com ela, porém, acabou sendo morta.

Crianças eram mais fáceis, porque crianças correm devagar”, disse autor do massacre em creche.

“Eu questionei o porquê ele teria escolhido crianças. Ele poderia ter entrado em um batalhão, no batalhão ele disse que não entraria sem uma arma longa, sem um fuzil, um colete, porque para morrer, ele precisaria levar mais gente com ele. Quando eu perguntei das crianças, tão vulneráveis, tão indefesas, ele disse que as crianças eram mais fáceis, porque as crianças correm devagar e ele teria condições, caso isso acontecesse, de alcançá-las. Ele narra uma situação, em que uma das crianças corre dele, ri para ele, achando que era uma brincadeira, ai ele vai e acaba atingindo essa criança fatalmente”, declarou o delegado Ronnie Reis Esteves, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), de Blumenau.

A polícia também relatou os passos do assassino antes do crime, onde ele teria ido a uma academia fazer exercícios, e posteriormente ido a creche, olhado por cima do muro, para ver a situação. Após isso ele volta a moto, faz um exercício rápido de alongamento dos braços, abre o baú da moto, pega a machadinha, pula o muro e faz o ataque. Foram apenas 20 segundos entre pular o muro, fazer o ataque e fugir.

Depois de fugir ele teria ido a um posto de gasolina, comprou uma água e um cigarro, e foi se entregar no Batalhão da Polícia, que fica a cerca de 150 metros do posto. Ele chegou e se apresentou a Polícia, e questionado o porque de se entregar, ele disse: “Senhor policial, eu cometi um crime que vai dar grande repercussão. Eu matei crianças, logo vocês irão saber”.

Ainda segundo o delegado Ronnie, o autor disse não estar arrependido do atentado e falou que faria novamente.

“Quando questionado sobre qual o sentimento ele tinha, com relação o que ele fez e olha que uma semana após o fato, nós esperávamos encontrar ele bem menos agressivo, mais reflexivo, o que não aconteceu. Ele continuou frio, disse como fez. Disse também que não se arrependia e que faria de novo. Foi exatamente isso que ele disse em depoimento”, informou o delegado.

A polícia ainda disse que há outras partes do inquérito que não foram divulgados durante entrevista.

Conclusão da investigação foi revelada na tarde desta segunda-feira (17)