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Moradores cobram explicação da prefeitura de Joaçaba para serviço na Beira Rio

Este é o questionamento que está sendo feito por muitos joaçabenses que estão passando pela avenida XV de Novembro no trecho entre a passarela e a antiga rodoviária.

Na semana passada a administração municipal executou o serviço e despertou reclamações em razão da forma como o procedimento foi executado. A joaçabense Carolina França, que entrou em contato com a Rádio Catarinense, entende que trata-se de um crime ambiental e não uma simples poda. “Isso é visível, não precisa ter conhecimento, é crime, muitas árvores foram retiradas 100% da copa, outras foram cortadas pela metade do tronco, outras de forma inteira” denunciou ela.

Carolina França questiona também se existe projeto ou licença de órgãos ambientais autorizando o procedimento que mudou o visual deste trecho da avenida Beira Rio, que tinha como característica suas árvores.

O que diz a prefeitura de Joaçaba
O engenheiro agrônomo, Marcelo Mantovani, que faz parte do setor de agricultura, explica que o serviço foi executado em razão de reclamações de pessoas envolvendo queda de galhos e frutos das paineiras no passeio público. Também se decidiu pelo serviço em razão dos riscos para a rede de energia. A equipe do município foi mobilizada e usou um guincho. “A gente nunca teve intenção de estragar ou danificara  mata ciliar” disse ele.

Questionado se ouve alguma irregularidade como sugerem os moradores, Marcelo Matovani disse que foi uma poda mais drástica, mas com preocupação com a segurança do pedestre e trânsito, já que as árvores estavam muito robustas. “As vezes  as podas não ficam a contento da parte técnica (prefeitura) e da população, mas a gente aprende com o tempo, mas nos próximos anos será apenas uma poda de limpeza e condução e não vamos fazer uma de rebaixamento” disse ele.

Segundo ele as espécies cortadas mais drasticamente foram exóticas, como uva-japão e cinamomo.  

Por Marcelo Santos
Fotos: Eliseu Peruzzo