(49) 3551-2424

Vereador contesta resultado da CPI das Peças e diz que votação foi julgamento político

A Assessoria de Comunicação, que prestas serviços à Câmara de Vereadores de Joaçaba, encaminhou release à imprensa, onde diz que o relatório final da CPI das Peças da Prefeitura, não demonstra irregularidades administrativas dos atos cometidos. A CPI foi criada em agosto do ano passado para investigar possíveis irregularidades na compra de peças para veículos e máquinas por parte da Prefeitura. A solicitação pela instauração da CPI foi feita após um comerciante local  ter feito à denúncia na própria Câmara.

O relatório final da Comissão foi votado e aprovado nesta terça-feira (05) pela câmara de vereadores. Apenas o vereador Juliano Pedrini (PL) votou contra. Ele entende que existem equívocos, pois o documento cita situações que precisam ser mudadas por estarem irregulares, e ao mesmo tempo diz que não existem irregularidades. “O relatório apresentado foi uma espécie de julgamento político, pois tem vereadores que fazem parte dela que são apoiadores do poder executivo” observa Juliano Pedrini. Segundo o parlamentar o texto final não isenta a prefeitura, citando que não conseguiram encontrar as irregularidades, pedindo envio ao Ministério Público (MP) e Polícia Civil para dar sequência as investigações. “Existe vídeo gravado de uma sessão da CPI onde técnicos ouvidos dizem que não existia possibilidade de dar desconto, a não ser que as peças não fossem genuínas” explica o vereador.

Juliano Pedrini diz que fatos importantes apurados pela Comissão ficaram de fora do relatório e ainda precisam ser esclarecidos, como por exemplo se a empresa concedeu ou não 70% de desconto nas peças e destaca que vai encaminhar documentação também ao Tribunal de Contas do Estado, pedindo acompanhamento do Ministério Público e da Polícia Civil.

O que diz a prefeitura
Nossa reportagem manteve contato com o Procurador Jurídico da prefeitura de Joaçaba. O advogado Maikel Patrzykot, entende que o relatório afastou irregularidades e será encaminhado ao MP, conforme prevê regimento interno da câmara e lei orgânica do município. “Desde do início a administração já tinha conhecimento que era uma denúncia vazia e esse foi o resultado apresentado pela CPI” citou o Procurador.

A CPI teve duração de 6 meses e com mais de 1.500 documentos, como empenhos e notas, analisados. O procurador reforça que a análise afastou o que foi denunciado, pois não teria aparecido nenhum superfaturamento.

Por Marcelo Santos