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Vacina pentavalente está em falta nos postos de saúde

O Departamento de Jornalismo da Rádio Catarinense foi procurado na manhã desta quarta-feira (18) pela mãe de uma criança de 3 meses que estava preocupada, pois a filha ainda não havia recebido a vacina PENTAVALENTE que protege conta difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e hemófilo B. Indignada a mãe relatou que foi algumas vezes na unidade de saúde de Herval d’Oeste e não conseguiu vacinar a filha que deveria ter tomado a dose com dois meses. Os profissionais informaram que a vacina está em falta e recomendaram que ela adquirisse a mesma na rede particular. Na rede particular a vacina custa quase R$ 300,00.

Motivo da falta
csm_vacina-ministerio-da_saude-_5bd69dbd78A vacina pentavalente adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi reprovada em teste de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organização Mundial da Saúde/OPAS, que pré-qualifica os laboratórios.

O Ministério da Saúde solicitou a reposição do fornecimento à Opas. No entanto, não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. A compra de 6,6 milhões de doses começaram a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil. A previsão é que o abastecimento voltará à normalidade a partir de novembro. Quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde fará uma busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade entre os meses de agosto e novembro para vaciná-las. O país demanda normalmente 800 mil doses mensais dessa vacina. O abastecimento está parcialmente interrompido desde julho, situação comunicada aos Estados e municípios.

Por se tratar de um imonubiológico, diferentemente dos medicamentos sintéticos, a vacina não tem disponibilidade imediata. Portanto, embora haja recursos para aquisição, o recebimento efetivo pelo Brasil depende do processo de fabricação e testagem. O Ministério da Saúde reitera que não há dados que ensejem emergência epidemiológica no Brasil das doenças cobertas pela vacina pentavalente. Ainda assim, neste momento, os estoques nacionais são suficientes para realização de bloqueios vacinais, caso surtos inesperados apareçam. O sistema de vigilância à saúde monitora continuamente o tema a emitirá os alertas se estes forem necessários.

Por Marcelo Santos