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Presidente do PP de Joaçaba confirma que partido não faz mais parte da administração de Dioclésio Ragnini

Reunião que consolidou a coligação em julho de 2016 entre PSDB e PP – foto de arquivo

Nesta sexta-feira (23), o presidente do Partido Progressista Hipólito Kremer esteve participando ao vivo do programa Rádio Contato na Rádio Catarinense FM para falar sobre a situação da sigla dentro da administração de Dioclésio Ragnini na Prefeitura de Joaçaba.

Desde o início de sua conversa, Kremer reclamou da falta de sintonia entre os dois partidos, ou seja, PP e PSDB que levaram a eleição de Ragnini e de Jucelino Ferraz frente ao Poder Executivo.

O presidente do PP disse que integrantes da sigla estão demonstrando descontentamento com a atual administração, “porque nós não estamos participando efetivamente deste governo. Não necessariamente como secretários, apenas o pessoal reclama que não está sendo ouvidos”.

Ao ser indagado se o PP está excluído da administração de Dioclésio Ragnini, o presidente da sigla foi taxativo. “A palavra correta é essa. Não estamos fazendo as coisas em conjunto”.

Hipólito Kremer lembrou do fechamento de algumas escolas, principalmente do interior. Segundo ele, “a decisão era necessária, mas a forma que aconteceu não foi a correta. O prefeito deveria ter ouvido e conversado com os vereadores, antes de tomar a decisão e claro, depois falar com a comunidade atingida e dar uma contrapartida”.

O presidente do PP joaçabense foi taxativo ao deixar claro que acabou o casamento com a administração de Dioclésio Ragnini e com o PSDB. “Acabou. Não tem mais motivos para nós continuarmos juntos. Não é nada pessoal, mas nós vamos ficar de fora, tanto é que o vice-prefeito Jucelino Ferraz vai entregar até o final deste ano a Secretaria da Assistência Social e até o próximo dia 7 de dezembro, a Marilena Detoni também vai deixar a Secretaria da Educação. A população pede coisas para nós na rua, mas nós não temos como ajudar porque não temos voz ativa na Prefeitura”.

Mais adiante na conversa, Kremer salientou que o PP está desembarcando da administração de Ragnini, sem nunca ter embarcado. “Isso é uma pena, porque o nosso projeto era muito bonito”.

Quanto a situação vivenciada por Miquéias Padilha que respondia pela gerência do Cemitério e da Rodoviária, Hipólito saiu em defesa do filiado de seu partido, afirmando que ele apenas estava reivindicando o que era de sua obrigação, ou seja, “ele queria funcionários para ajudar na limpeza do cemitério antes do Dia de Finados. Isso é uma coisa lógica. Como não recebia respaldo da administração, falei para ele sair e não ficar se desgastando”, concluiu o presidente do PP de Joaçaba.

Por Julnei Bruno