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BRF suspende atividades nas unidades de Campos Novos, Herval d’ Oeste e Concórdia

BRF suspendeu as atividades em quatro unidades de abate de frangos e suínos nesta manhã e vai paralisar parcial ou totalmente as operações de outras nove fábricas ainda nesta quarta-feira em razão da greve dos caminhoneiros, de acordo com comunicado da companhia de alimentos. Os protestos de caminhoneiros contra tributos no diesel que elevam os custos para a categoria entram no terceiro dia nesta quarta-feira. “A medida decorre da falta do recebimento de matéria-prima, insumos e animais para abate e de caminhões para escoar produção acabada”, disse a maior produtora de carnes de aves e suínos do Brasil em nota assinada pelo diretor presidente global, Lorival Nogueira Luz Jr.

Na véspera, a Cooperativa Central Aurora Alimentos, terceira maior produtora de carnes de aves e suínos do Brasil, anunciou a paralisação total das atividades das indústrias de processamento de aves e suínos em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, na quinta e sexta-feira, devido a problemas causados pela greve dos caminhoneiros. De acordo com a BRF, as quatro unidades que tiveram suas atividades paralisadas nesta manhã estão localizadas em Nova Marilândia (MT), Dois Vizinhos (PR), Toledo (PR) e Campos Novos (SC). As outras nove plantas estão em Rio Verde (GO), Uberlândia (MG), Dourados (MS), Chapecó (SC), Garibaldi (RS), Marau (RS), Concordia (SC), Herval do Oeste (SC) e Francisco Beltrão (PR). A companhia informou que diversos insumos utilizados na industrialização de alimentos não foram entregues entre a véspera e esta quarta-feira, “prejudicando a produção habitual da companhia”.

“Além disso, detectamos falta considerável de abastecimento de ração destinada aos animais alojados nos nossos produtores rurais parceiros, já impactando cerca de 1 milhão de animais e podendo alcançar a totalidade de nosso plantel nos próximos dias”, esclareceu a BRF. A empresa pediu esforços do Movimento dos Transportadores e do governo para a solução do impasse e o fim da greve o quanto antes.

“A impossibilidade de transporte de insumos e produtos causa perdas para os produtores rurais, colaboradores e empresa, assim como compromete severamente o bem-estar animal e prejudica o atendimento ao consumidor”, disse BRF. No primeiro trimestre de 2015, quando houve uma greve de caminhoneiros que durou doze dias, a BRF apresentou um gasto de 41,7 milhões de reais em despesas com ociosidade, resultantes principalmente daquela paralisação, que ocorreu durante o mês de fevereiro.

Por volta das 16h16, as ações da BRF caíam cerca de 3%, enquanto o Ibovespa tinha queda de 2%. (VEJA)