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Realizada pela segunda vez a reconstituição do atropelamento que matou adolescente próximo ao CPJ

Reconstituição aconteceu com a presença do acusado

Atendendo solicitação da defesa junto ao judiciário o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joaçaba, realizou durante toda a manhã desta sexta-feira (20), mais uma reprodução simulada (reconstituição) do atropelamento que matou o adolescente Andrei Ramos, 16 anos, na madrugada do dia 28 de agosto do ano passado, na BR-282, proximidades do Centro de Promoções de Joaçaba, onde era realizado um baile de formatura.

Segundo ocorrência repassada aos órgãos de imprensa Andrei e mais três amigos estavam se deslocando ao centro de Joaçaba caminhando pela BR, quando Luan Fábio Paiva, 23 anos, ao avistar os adolescentes teria feito o contorno e jogado o veículo  que dirigia para cima dos quatro amigos matando na hora Andrei Ramos, devido a gravidade do atropelamento.

No dia seguinte Luan e o veículo foram localizados pela Polícia Civil, sendo que o motorista foi autuado e responde, desde aquela data, recolhido no presídio regional de Joaçaba pelo crime de homicídio qualificado consumado contra a vítima e tentado contra os outros três.

No dia 13 de setembro o advogado de defesa de Luan, Dr. Leonardo Buchmann, que foi contratado para trabalhar junto com a banca do advogado Bruno Martinazzo, disse que seu cliente tinha a intenção apenas de dar um “susto” nos adolescentes.

Já no dia 27 de outubro, peritos do IGP local na companhia de representantes da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal  realizaram uma reprodução simulada deste atropelamento, sendo que neste dia o perito Alexandre Tobolt comentou que o autor se recusou a participar da simulação, que foi solicitada pelo Ministério Público.

O fato foi negado pelo advogado Leonardo Buchmann posteriormente. Segundo ele, o seu cliente e os advogados de defesa não foram convidados a participar desta simulação.

Nesta sexta-feira a segunda reprodução aconteceu e novamente os peritos do IGP estiveram no local, desta vez, com a presença do acusado Luan Paiva e de seu advogado, bem como integrantes da Polícia Civil.

O inquérito policial já  encerrou e nós agora estamos nesta fase processual, atendendo pedido do juiz Dr. Márcio que nos solicitou para que pudéssemos fazer a versão do autor. Novamente estamos aqui para dirimir algumas dúvidas e mostrar com detalhes o que realmente aconteceu na versão do acusado. Fizemos a primeira versão em cima dos outros envolvidos porque naquela ocasião, o autor, por intermédio de seu advogado, alegou que não houve tempo para a convocação dele”, resumiu o perito Tobolt.

O advogado de defesa, Dr. Leonardo Buchmann, argumentou que esta nova reconstituição deverá trazer novas evidências para o caso. “A versão do Luan é bem elucidativa enquanto que a dos rapazes que também participaram da primeira reprodução simulada é completamente “furada”. Nem eles (os sobreviventes e os dois ocupantes do carro) se entendem naquilo que aconteceu”,

Na próxima terça-feira, dia 24, uma Audiência de Instrução sobre este caso será realizada e na oportunidade serão ouvidas pelo juiz da vara criminal as testemunhas de defesa e de acusação, vítimas sobreviventes e o acusado. Após isso o magistrado decidirá  se Luan Fábio Paiva deverá ou não enfrentar o júri popular.

Por Julnei Bruno

Fotos: Cristian Souto