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UPA anuncia redução de serviços, médicos e equipe de enfermagem

Os gestores da Unidade de Pronto Atendimento do município de Herval d’Oeste (UPA) anunciaram nesta terça-feira (01) uma medida administrativa drástica. A partir de amanhã a UPA vai reduzir os serviços e atendimentos por conta da situação financeira. O município não tem mais condições de arcar com as despesas, principalmente de pacientes oriundos de outras cidades que não estão contribuindo ou repassando valores que são insuficientes. A informação foi confirmada a Rádio Catarinense pela diretora da UPA, Eugênia Buco. De acordo com ela o compromisso firmado pelos municípios da AMMOC quando a unidade foi criada em 2014 não está sendo honrado. Na época os prefeitos acertaram que as despesas seriam divididas entre as prefeituras.

A diretora Eugênia Buco disse que o município de Herval d’Oeste está arcando com os custos de pacientes de outras cidades e que a situação passou dos limites.  A partir de amanhã a equipe de enfermagem começará a ser reduzida e remanejada para a Central de Saúde para prestar atendimento exclusivo para os munícipes. Exames de alto custo, que fazem parte da tabela do SUS, e que mesmo assim eram oferecidos, também suspensos. Já a partir do dia 10 deste mês haverá a redução de médicos. Em determinados horários haverá apenas um profissional prestando atendimento a população. 

Estas medidas vão provocar lentidão e morosidade no atendimento e por consequência devem provocar reclamações por parte dos usuários da UPA. “Infelizmente chegou num momento que não conseguimos mais sustentar isso, estamos tendo que tirar valores de outros segmentos para bancar, é uma questão de gestão e pedimos compressão da população” explicou a gestora.

A pandemia agravou a situação financeira da UPA, pois as despesas subiram com os custos dos insumos. Na AMMOC, segundo ela, Catanduvas e Treze Tílias, não os dois únicos municípios que não contribuem com a unidade. Joaçaba aprovou um reforço mensal no convênio, mas o valor ficou abaixo da expectativa.

A decisão já foi tomada e as consequências agora serão sentidas pela população. Segundo ela os pacientes serão atendidos, mas terão que esperar.

Por Marcelo Santos