Exame mostra que motorista do caminhão que atingiu ônibus em Campos Novos tinha álcool no sangue

O motorista do caminhão que invadiu a pista contrária na BR-470 em Campos Novos, no dia primeiro de março deste ano, atingindo frontalmente um ônibus da empresa Reunidas, dirigia álcool no sangue. O acidente resultou na morte de quatro pessoas, entre elas os motoristas dos dois veículos envolvidos na tragédia. Amostras de sangue dos motoristas foram coletadas e analisadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) através do departamento de análises forenses com sede em Florianópolis. Foram feitos exames relacionados a dosagem alcoólica e toxicológico.

Os exames mostraram que motorista da Reunidas, Cleucir Arns, de Joaçaba, dirigia o coletivo sem qualquer tipo de influência de substâncias. Já o condutor do caminhão apresentou (8,42dg/l) oito decigramas e quarenta e dois miligramas de álcool por litro de sangue. Quanto ao exame toxicológico o resultado deu negativo. Pelo artigo 306 da lei 9.503 do Código de Trânsito Brasileiro, o crime se caracteriza, através do exame de sangue, com concentração igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue. O motorista estava com quase três decigramas a mais do tolerável para este tipo de caracterização.

As causas que levaram ao acidente não foram ainda esclarecidas. Um laudo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que os pneus de ambos os veículos estavam em bom estado de conservação, sendo que o pneu dianteiro esquerdo do caminhão ficou destruído sem condições de ser analisado. Os discos dos tacógrafos de ambos os veículos mostram que eles estavam trafegando dentro dos limites aceitáveis de velocidade naquele trecho. Também não foi encontrado marca de frenagem na pista. Pelos levantamentos o caminhão invadiu a pista contrária, atingindo desta forma o ônibus.

O delegado que cuida do caso em Campos Novos, Dr.Adriano, foi procurado pela reportagem da Rádio Catarinense mas, por intermédio de uma servidora da delegacia, disse que não iria se manifestar, pois o laudo, segundo ele, só é de interesse da polícia. A servidora também disse por telefone que este laudo estaria sendo contestado, mas não entrou em maiores detalhes.