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Mandados da Operação Lava Jato em Joaçaba “não surtiram o efeito esperado”, segundo a Polícia Federal

Coletiva a Imprensa sobre Operação Lava Jato

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a 22ª fase da Operação Lava-Jato, na cidade de Joaçaba, e em outras três cidades de São Paulo – Capital, Santo André e São Bernardo do Campo. Cerca de 80 policiais federais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão, 6 mandados de prisão temporária e 2 mandados de condução coercitiva. Nesta fase, são apurados os crimes de lavagem de dinheiro, fraude, corrupção e evasão de divisas.

Em Joaçaba a Polícia Federal realizou buscas na casa de uma mulher que mora no edificio Pedrine,  centro da cidade, que seria parente da dona do apartamento triplex investigado pela 22ª fase da Operação Lava-Jato em Guarujá, no litoral paulista. Mas em coletiva durante a manhã de hoje o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima confirmou que as buscas não surtiram o efeito esperado na região. 

Ele forneceu os nomes das pessoas detidas em outras cidades: Ricardo Honório Neto, Renata Pereira Brito e a publicitária Nelci Warken, que prestou serviços de marketing à Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários). Eliana Pinheiro de Freitas e Rodrigo Andres Cuesta Hernandez: condução coercitiva. Luis Fernando Hernandez Rivero, que tem mandado de prisão, não foi localizado.

Operação

Batizado de Triplo X, este desdobramento da Lava-Jato apura a ocultação de patrimônio por meio de um empreendimento imobiliário, “havendo fundadas suspeitas de que uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato teria se utilizado do negócio para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras”. Essa fase tem como foco a empresa Murray, sediada no Panamá, que é dona de um triplex em uma das torres de um condomínio no Guarujá. O empreendimento foi inicialmente construído pela Bancoop, que foi presidida pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e mais tarde transferida para a empreiteira OAS, também investigada na Operação Lava-Jato. Um dos mandados de prisão seria para a publicitária Nelci Warken, que já prestou serviços para a Bancoop e teria uma irmã residindo em Joaçaba. A PF apura se Warken usou a estrutura da Murray para ocultar patrimônio e lavar dinheiro em favor do ex-tesoureiro do PT e da cunhada dele. Os presos foram encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Fonte: DC

Foto: G1