FACISC divulga relatório do impacto da nova tarifa dos EUA em SC
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) divulgou, nas últimas horas, um relatório detalhado sobre a relação comercial entre os Estados Unidos e o Estado catarinense, após a decisão do governo americano de aplicar uma tarifação de 50% sobre alguns produtos brasileiros.
Conforme os dados apresentados, nos últimos 20 anos, as exportações de Santa Catarina para os Estados Unidos se mantiveram, em média, na faixa de US$ 1,2 bilhão por ano. Atualmente, Santa Catarina ocupa a sexta posição entre os Estados brasileiros que mais exportam para o mercado norte-americano, sendo responsável por 4% do total nacional.
Os Estados Unidos são o principal destino internacional dos produtos catarinenses, representando 15% das exportações do Estado somente no primeiro semestre deste ano.
Entre os setores que mais comercializam com o mercado americano, o destaque é para o madeireiro, que responde por cerca de 40% do total exportado. Outros 40% correspondem a produtos de alta intensidade tecnológica, como equipamentos elétricos, de transporte, além de máquinas e equipamentos. Os alimentos também figuram entre os principais itens enviados aos Estados Unidos.
Na região Oeste do Estado, as exportações para o mercado americano somaram cerca de R$ 15 bilhões no período analisado. O setor alimentício é o principal responsável pelo desempenho da região, especialmente com a venda de carne suína, de aves e produtos derivados, como preparações de carnes e miudezas. Em seguida, aparecem as exportações de grãos tradicionais e do setor madeireiro, com destaque para madeira beneficiada, obras de carpintaria e compensados.
A gelatina também se destaca como um dos produtos de maior representatividade nas vendas internacionais do grande Oeste.
A FACISC alerta que a nova política tarifária dos Estados Unidos no setor madeireiro pode impactar fortemente o grande Oeste catarinense. Se a medida resultar em prejuízos ao menos duas vezes maiores do que os registrados em 2023, quando a queda na construção civil norte-americana já havia reduzido significativamente as vendas, as perdas podem ultrapassar a marca dos R$ 200 milhões para a produção madeireira da região.



