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Atendimento de menino com transtorno do espectro autista vira caso de polícia em Herval d’Oeste

Na última semana, a Central de Jornalismo da Rádio Catarinense recebeu um relato de um morador de Herval d’Oeste, que trouxe à tona uma denúncia envolvendo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local. Silmar Moreira da Silva, indignado, compartilhou a angustiante saga enfrentada por sua família durante uma busca desesperada por atendimento médico para seu sobrinho, um menino com transtorno do espectro autista, que apresentava quadro febril.

Segundo Silva, o atendimento na UPA foi inicialmente ágil, com inserção de acesso venoso, mas logo veio a orientação para buscar assistência especializada no Hospital Universitário Santa Teresinha (HUST), em Joaçaba. O que se seguiu foi uma verdadeira odisséia: ao solicitar transporte para o hospital, a família foi surpreendida com a recusa do motorista da Secretaria de Saúde, alegando a necessidade de acompanhamento de uma enfermeira devido ao acesso venoso. Perplexos com a situação, os familiares foram orientados a buscar o hospital “a pé” ou através de carro de aplicativo. Indignados, dirigiram-se imediatamente à Delegacia de Polícia, onde registraram um boletim de ocorrência relatando os eventos. Somente após esse episódio lamentável é que o menino recebeu o atendimento especializado necessário no hospital em Joaçaba.

Em resposta às acusações, a diretora de atenção primária de saúde de Herval d’Oeste, Ângela Sari, admitiu uma falha de comunicação interna e conflito de informações da equipe. Ela assegurou que o caso será encaminhado à ouvidoria da Secretaria de Saúde para investigação. Sari ressaltou que a transferência de pacientes é de responsabilidade dos veículos da Secretaria de Saúde, tratando-se de continuidade de atendimento.