Câmara de Vereadores de Joaçaba analisa projeto que concede reajuste de 30% para prefeito, vice e secretários
Na próxima semana, a Câmara de Vereadores de Joaçaba decidirá sobre um polêmico Projeto de Lei que busca conceder substanciais reajustes nos salários dos agentes políticos municipais, incluindo prefeito, vice e secretários. Os valores propostos pelo projeto têm causado preocupação entre os cidadãos, especialmente diante do cenário econômico desafiador que muitos enfrentam.Se aprovado, o Projeto de Lei estabelecerá novos subsídios para a próxima gestão, que abrangerá o período entre 2025 e 2028.
Os novos valores propostos são os seguintes:
Prefeito: R$ 31.431,46
Vice-prefeito: R$ 15.173,83
Secretários: R$ 14.750,27
Presidente da Câmara: R$ 9.732,26
Vereador: R$ 7.729,14
A proposta alega ter considerado critérios de razoabilidade e coerência, além de mencionar comparações com remunerações pagas em outros municípios do estado. Contudo, a magnitude dos aumentos, principalmente para prefeito, vice e secretários, levanta questionamentos sobre a real necessidade e a sensibilidade para com a situação financeira da população.
O reajuste proposto para os cargos de prefeito, vice e secretários atinge a marca de 30%, o que pode soar como excessivo aos olhos da comunidade, especialmente em um momento em que muitos enfrentam dificuldades econômicas.
Para os cargos de vereador e presidente da Câmara, a proposta estabelece apenas a aplicação do índice inflacionário acumulado de 3,85% no período de dezembro de 2022 a novembro de 2023. A justificativa para essa diferenciação de critérios não foi detalhada.
O Projeto de Lei está sob análise de duas comissões: a Comissão de Finanças, Orçamento e Administração e a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final. Comissão de Finanças, Orçamento e Administração que é composta pelos vereadores Juliano Pedrini, Vilmar Zílio e Diego Joe. E pela comissão de Legislação, Justiça e Redação final composta por Disneia de Marco, Juliano Pedrini e Vilmar Zílio.
A votação deve acontecer na quarta-feira, dia 20, e requer apenas a aprovação por maioria simples.
A proposta, apesar de fundamentada em parâmetros comparativos, está suscitando um amplo debate na sociedade local, colocando em xeque a sensibilidade dos agentes políticos em relação às necessidades reais da população.
Por Marcelo Santos