(49) 3551-2424

FioCruz aponta tendência de ‘boom’ nos casos de Síndrome Respiratória em SC

O boletim InfoGripe da FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta-feira (27), aponta tendência de crescimento para os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Santa Catarina e outros 17 estados. De acordo com a Fundação, o aumento veio nas últimas seis semanas.

Até o momento, em Santa Catarina, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais e em Sergipe, o indício de crescimento está concentrado fundamentalmente nas crianças e adolescentes.

Na análise por faixa etária, a Fundação concluiu que o aumento de casos nas crianças é influenciado principalmente pelo VSR (vírus sincicial respiratório). De acordo com o site oficial do Ministério da Saúde, o vírus é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões de recém-nascidos e crianças pequenas.

Entre os sintomas, os mais comuns são febre baixa, dor de garganta, dor de cabeça e secreção nasal.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, disse em um texto publicado pela FioCruz, que a doença é sempre uma preocupação importante.

“O VSR é sempre uma preocupação importante para crianças pequenas, pelo grande volume de internações que ele causa. Porém, na população acima de 65 anos, também é um vírus que merece atenção tanto pelo risco de internação quanto para óbito. Por isso, é fundamental que esse público também seja testado para esse vírus quando há internação por problema respiratório, para evitar subnotificação”, explica Gomes.

A pesquisa explica também que o cenário de aumento recente de casos de SRAG estão associados à Covid-19. Segundo a Fundação, os casos vem avançando no território nacional e por isso é preciso reforçar a importância de adesão à campanha de vacinação iniciada no dia 27 de fevereiro, para que o cenário atual não gere impacto significativo nos casos graves da doença.

Florianópolis está entre as capitais com aumento

De acordo com a FioCruz, 20 capitais apresentam sinal de crescimento de SRAG, entre elas Florianópolis. Além da cidade, há aumento em Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO),Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

Na avaliação da Fundação, os casos são uma oscilação natural em período de baixo volume de casos, sem apresentar um sinal consistente de alta, ou aumento concentrado apenas na população infantil.

Fonte: ND+

Crianças lideram os casos, segundo a Fundação – Foto: Freepik/Reprodução/ND