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Vereador questiona título recebido pelo prefeito de Joaçaba

Depois que um “Jumento” foi condecorado como um dos melhores prefeitos do Brasil, os títulos concedidos aos agentes políticos começaram ser questionados em muitos municípios brasileiros, entre eles Joaçaba.

O comércio de diplomas de mérito para vereadores, prefeitos e secretários municipais será investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul após o Fantástico, da TV Globo, denunciar que políticos usam recursos públicos, por meio de diárias, para receber premiações. Para demonstrar a falta de critérios na concessão desse tipo de reconhecimento, a reportagem incluiu um jumento entre os “prefeitos nota 10 do Brasil”. As empresas alegam realizar consulta telefônica ou analisar indicadores sociais municipais antes de selecionar os agraciados. Só que essas avaliações, muitas vezes, não ocorrem. Em seguida, políticos são procurados pelos institutos, que oferecem a condecoração em troca de valores.

A empresa União Brasileira de Divulgação (UBD), de Pernambuco, também usa o pretexto de organizar seminários para oferecer premiações a políticos. Para demonstrar a falta de critérios na concessão dos títulos de “gestor nota 10”, a equipe do Fantástico negociou a compra de diploma e medalha a um jumento, o Precioso, de Paulista (PE). O custo da honraria foi de R$ 1.480.

Esta semana na Câmara de Vereadores de Joaçaba o vereador Diego Bairros (PSD) levantou dúvidas quanto a premiação que foi recebida pelo prefeito Dioclésio Ragnini (PSDB). No mês de maio deste ano, Dioclésio foi eleito o 36º melhor prefeito do Brasil e o 3º melhor em SC, recebendo o Certificado Destaque do Ano e Medalha. A pesquisa nacional, segundo o que foi divulgado pela Assessoria de Comunicação, teria avaliado critérios como Assistência Social, Educação, Infraestrutura, Transparência Pública e Responsabilidade Fiscal, além do comprometimento com a sociedade. O que chamou a atenção do vereador é que o título foi concedido também pela UBD (União Brasileira de Divulgação) a mesma empresa envolvida no escândalo nacional do “jumento” e que agora está sendo investigada pelo Ministério Público. “O nosso questionando ao líder do governo aqui na câmara é simples: queremos saber se a empresa vendeu este título como foi noticiado no Fantástico e se foi utilizado a máquina pública para divulgar um prêmio que foi comprado” questionou o vereador. A ideia é buscar informações e detalhes de como foi o processo de concessão deste título.

O que diz a prefeitura
O coordenador de comunicação da prefeitura, Gustavo Deon, por telefone, disse que a prefeitura não teve nenhum custo com o diploma recebido.  A prefeitura chegou receber um recibo com um valor para pagar, mas não foi feito o pagamento. Também ninguém teria viajado para receber, pois a honraria foi entregue em Joaçaba.

Por Marcelo Santos

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