Vigilância Sanitária interdita cozinha na Escola NUPERAJO em Joaçaba
Local interditado no NUPERAJO pela Vigilância Sanitária Estadual
Desde a última sexta-feira (23), a cozinha dos professores na escola NUPERAJO em Joaçaba, está interditada pela Vigilância Sanitária Estadual, que levou em consideração a situação encontrada no local pelo fiscal Clari Demartini que realizou o serviço.
Esse trabalho de fiscalização teve início há alguns dias atrás, atendendo solicitação do Ministério Público (MP) da Comarca de Joaçaba, que recebeu inúmeros reclamações de pais e professores, quanto a situação de vários educandários, entre eles o NUPERAJO.
O trabalho foi realizado em parceria pelas Vigilâncias Sanitárias do Estado e também do município, juntamente com o MP, através da promotora Márcia Bittencourt que tem realizado algumas vistorias in loco nos educandários de Joaçaba.
“Nos deparamos com uma situação complicada ao visitarmos a cozinha dos professores do NUPERAJO. O chão do local é de brita, o teto tinha apenas um brazilit, as paredes são de madeira e com frestas, a geladeira estava oxidada (enferrujada), o fogão em péssimas condições e a iluminação é precária. Esse não é um local para se fazer comida”, resumiu o fiscal Clari Demartini.
Segundo ele, o refeitório também foi interditado nesta fiscalização realizada na semana que passou.
“Essa área era utilizada pelos alunos para fazer mudas de plantas quando chovia, então vocês devem imaginar como estava a situação do local que era utilizado pelos professores para realizarem a sua refeição. Deixamos claro para a direção que eles podem continuar utilizando o local como viveiro, mas não como cozinha ou refeitório”, explicou Demartini.
O fiscal confirmou que as demais escolas e creches de Joaçaba também foram vistoriadas e segundo ele, nenhuma delas apresentou problemas na cozinha ou refeitório, mas sim, na estrutura.
“A iluminação em alguns educandários é precária, e numa creche visitada por nós, os alunos estavam em salas que tinha um forte cheiro de mofo e com pouca ventilação. Sugerimos em documento que estes espaços sejam adequados corretamente ou que a remoção dos alunos aconteça porque o local é insalubre”.
Ainda sobre o NUPERAJO, Clair Demartini salientou que o galpão utilizado como sala de aula também não tem as condições necessárias para os alunos. “Encontramos banheiros com os assentos quebrados e de três bebedouros, apenas um está funcionando”.
A lista entregue nas escolas e creches, além da Secretaria da Educação de Joaçaba, será repassada na tarde de hoje às mãos da promotora Márcia.
No Centro Educacional Roberto Trompowsky (CERT), localizado na área central do município, Clair frisou que os problemas são muitos, dentre eles o conserto de portas, banheiros, sem contar que na parte elétrica fiações foram encontradas expostas.
Um prazo de 30 dias foi dado à Administração para que os problemas sejam resolvidos e os locais adequados inclusive com climatização, caso contrário, esse Auto de Intimação poderá se transformar num Auto de Infração e posteriormente um Processo Administrativo que poderá ser entregue ao Governo do Estado.
Por Julnei Bruno
