(49) 3551-2424

Ex-presidente da Liga fala sobre acusações de irregularidades na prestação de contas do carnaval

Participação do ex-presidente da Liesjho foi nesta quinta-feira (29)

Depois de um rápido silêncio, o ex-presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d´Oeste (Liesjho), Sérgio de Giacometi esteve participando nesta quinta-feira (29), da edição do programa Rádio Contato na Rádio Catarinense AM/FM.

Antes de dar a sua versão sobre as acusações de possíveis irregularidades encontradas na prestação do carnaval nos anos de 2014 e 2015, Giacometi fez questão de parabenizar a Polícia Civil pelo trabalho que está realizando, e pelo profissionalismo apresentado pelos policiais quando da visita em sua residência na manhã desta quarta-feira (28).

Em se tratando de documentos que foram encontrados em sua casa e também no escritório da empresa, o ex-presidente da Liesjho afirmou que tem por costume guardar tudo o que ele acha importante nos últimos 30 anos.

Esse é o meu defeito. Guardo tudo em caixas na minha casa do meu período na presidência da Liga e na Unidos do Herval. Tudo foi levado e disse ao delegado regional Daniel Régis, que ele irá comprovar os fatos, e inclusive algumas coisas eu mesmo paguei”, argumenta Sérgio.

Quanto a falta de notas fiscais que comprovem gastos superiores a R$ 500 mil, o ex-presidente da Liga ressaltou que esse valor é referente aos anos de 2013 a 2016 do Carnafolia.

Giacometi citou como exemplo um valor de R$ 135 mil que não teve nota fiscal, porque a pessoa responsável por montar as arquibancadas não apresentou na Liga ao final dos trabalhos os documentos e teria recebido esta quantia através de adiantamentos.

Quando ele veio fazer o carnaval para nós, ele pedia adiantamento de valores baixos para pagar o pessoal que vinha de fora, se comprometendo ao final nos entregar as notas fiscais, o que acabou não acontecendo, porque ele alegou que teve prejuízos”.

O ex-presidente da Liga nega a existência de notas fiscais em duplicidade. Segundo ele, o que existe é duas notas praticamente idênticas, de fornecedores diferentes, sendo que elas totalizam aproximadamente R$ 125 mil cada uma delas e foi para pagamento de toda a estrutura do Carnafolia.

Ex-presidente da Liga, Sérgio de Giacometi

Sérgio Giacometi fez questão de dizer que durante os dois anos em que esteve na presidência da Liesjho, nunca mexeu com dinheiro, sendo que a chave do cofre e o segredo ele não sabia e que quando de negociações com empresários, fazia questão de ter outras pessoas da diretoria por perto, para que eles tomassem conhecimento do que estava sendo acertado.

Concluindo, Giacometi confirmou que deverá ser candidato a deputado estadual nas eleições do ano que vem, e dependo da votação, caso não seja eleito, será candidato a prefeito de Joaçaba ou de Herval d´Oeste em 2020.

Daqui há alguns dias vou achar um partido para colocar o meu nome à disposição e logo as pessoas poderão me avaliar, porque quem não deve não teme”.

EX-Vice presidente também se manifesta. Leia abaixo anota encaminhada por Júnior de Sá

Vendo meu nome divulgado nos veículos de comunicação de Joaçaba, por estar sendo investigado a respeito da prestação de contas da LIESJHO relacionado ao carnaval 2014/2015, venho através desta esclarecer o seguinte: Já fui ouvido na cidade onde resido atualmente, Balneário Camboriú, por investigadores de Joaçaba a cerca de 3 a 4 meses, quando esclareci todos os fatos em que fui indagado.

Informo que me transferi para Balneário Camboriú ainda em Novembro de 2014 e retornei a Joaçaba por cerca de 2 a 3 vezes, para não abandonar o compromisso que tinha como Presidente da Escola Aliança e com o Sr. Carlos Fett e vice- presidente da LIESJHO com a diretoria que junto fui eleito, já que estávamos próximos do desfile de 2015 e não podia desfalcar a Liga e nem a Aliança. Após o carnaval de 2015 me desliguei definitivamente da Aliança e da Liesjho, por motivos de mudança já que necessitava de uma cidade que oferecesse melhores condições de acessibilidade, necessidade que senti após o acidente que sofri em dezembro de 2013 onde tive amputada minha perna esquerda. Também para realizar um sonho antigo que era morar em Balneário.Sobre a prestação de contas da LIESJHO, embora nunca tenha participado e sequer tenha assinado um cheque para pagar qualquer um que seja, tenho responsabilidades como qualquer outro diretor, embora essa função de pagamentos e prestação de contas sempre foi exclusiva do presidente através da secretaria executiva e da empresa contábil.Por outro lado informo que toda prestação de contas ficava a disposição dos integrantes da LIESHO, dos diretores das Escolas afiliadas e suas diretorias e seus tesoureiros, para que a aprovassem ou reprovassem. Como vice-presidente da Liga e Presidente da Aliança não detectei qualquer anormalidade nas contas em questão, 2014/2015, e não recordo de nenhum diretor de Escola ou da Liga fazer qualquer contestação.Confio plenamente no ex-presidente da Liesjho e na secretaria executiva da Liga e tenho certeza que os fatos serão devidamente esclarecidos para que não paire nenhuma dúvida sobre o assunto.

No período em que fui diretor da Liga as escolas, foram os anos em que as escolas receberam os maiores valores de recursos, que giraram em torno de 450 mil Reais a cada ano, pelo incansável trabalho que toda nossa diretoria fez com inúmeras viagens a políticos, patrocinadores e órgão públicos, diferente deste último carnaval (2017) quando o Sr. Sérgio Giacometti não era mais presidente e a LIESJHO acumula uma dívida contraída, neste mesmo carnaval, de cerca de 750 mil Reais e as escolas receberam valores bem inferiores, mesmo tendo uma desfilante a menos, no caso a Vale Samba. Somente para exemplificar.Infelizmente forças políticas sempre se envolvem nestes assuntos para ganhar notoriedade ou fazer valer seus interesses e a partir de uma manchete midiática as pessoas começam a fazer seu próprio julgamento dos fatos, sem qualquer conhecimento da verdade.Sobre o meu depoimento, fui indagado, pelos investigadores, especificamente com relação a duas pessoas que forneceram notas fiscais, como MEI (Micro empresário Individual) através de trabalhos como costureiras, que possivelmente tenham prestado a Escola de Samba Aliança, justamente no período em que já me encontrava morando na cidade de Balneário Camboriú. Não fui eu quem encaminhou essa documentação muito menos recebi ou paguei estes valores, pois isso sempre foi função do nosso tesoureiro Carlos Fett do qual justamente as duas pessoas são funcionárias em sua residência na cidade de Joaçaba.

 E Notório e de conhecimento público que o Sr. Carlos Fett é o grande fomentador financeiro do carnaval da Aliança e consequentemente de Joaçaba, assim certamente esse fato não teve a mínima intenção, do mesmo, ter vantagens financeiras ilícitas particulares ou para sua Escola a Aliança, já que investe anualmente cerca de 1 milhão no carnaval e isso seria no mínimo contraditório. Sempre explanamos que existem deficiências nos projetos de captação de recursos onde não se prevê o pagamento de pessoas com carteira assinada (funcionários), mas prevê o pagamento para os MEI (Micro Empresário Individual) e por outro lado o ministério do trabalho sempre fiscalizando.

Sem nada mais a esclarecer, estou à disposição da Lei e que se de fato alguma coisa tenha sido feito de forma errada por incompetência ou de forma propositada, que se julgue com os fatos e a verdade! ( Jairo André de Sá Junior)

Por Julnei Bruno