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VINICOLA CUBANA UTILIZA “CAMISINHA” NA PRODUÇÃO DE UVA.

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Na vinícola El Canal, em Havana, a família de Orestes Estevez produz 50 garrafas de vinho por dia usando um método de vinificação esdrúxulo.

Na boca dos galões de plástico cheios de uvas, Estevez, seu filho, sua mulher e um empregado colocam uma camisinha. Quando ela enche, eles sabem que a bebida fermentou e o preservativo já pode ser retirado. O conteúdo, então já pode ser transferido e preparado para o engarrafamento.

Apesar da escassez e da fome, não faltam camisinhas em Cuba. Na casa de Estevez, elas substituem com alguma eficiência as válvulas de Mueller, usadas com o mesmo fim em outras partes do mundo. “Elas impedem a contaminação com a entrada de oxigênio, de bactérias, de fungos e de leveduras e ainda permite monitorar quando a fermentação ocorre”, diz o enólogo João Carlos Taffarel, da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, e primo em quarto grau do ex-goleiro da seleção brasileira que garantiu o tetracampeonato para o Brasil.

 

Bebidas com válvula de Mueller na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul

“Eu tomaria o fermentado cubano sem problemas. A camisinha não entra em contato com o líquido e cumpre o seu papel”, diz Taffarel.