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Médico acusado de três mortes no caso das endoscopias é condenado a pouco mais de 2 anos de pena

Médico Denis Conci Braga no júri

Um dos júris mais esperados dos últimos anos em Joaçaba, foi realizado nesta sexta-feira (28) no Fórum da Comarca local e foi presidido pelo juiz Márcio Humberto Bragaglia. No banco dos réus o médico Denis Conci Braga que estava sendo acusado da morte de 3 pacientes no ano de 2010, quando em sua clínica na rua 13 de Maio, na área central de Joaçaba, elas realizavam exames de endoscopias.

A sessão do tribunal que teve início às 09h, contou com a presença de um grande público, principalmente dos parentes das vítimas que esperaram até às 19h, quando o juiz fez a leitura da sentença que deixou eles revoltados.

O advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho que atuou na defesa do médico, conseguiu em sua argumentação, derrubar a tese defendida pela acusação de homicídio doloso (quando existe a intenção de matar), para homicídio culposo (sem a intenção de matar).

Sendo assim, a maioria dos jurados (4) que integravam o Conselho de Sentença, reconheceram a materialidade do fato e a autoria ao réu, rejeitando o dolo eventual em todos os três casos, ou seja, a maioria dos jurados entenderam que não houve a intenção do médico Denis Conci Braga em matar qualquer uma das vítimas.

Diante disso, o juiz Márcio Humberto Bragaglia fez a leitura da sentença e aplicou a pena total de 2 anos, 5 meses e 10 dias, em regime aberto, que será convertido em serviços comunitários pelo tempo da pena, e pagamento no valor de 10 salários-mínimos em favor da vítima sobrevivente e herdeiros de cada vítima falecida, sem prejuízo de eventual indenização cível.

Na saída do Fórum, a mãe de Iara Penteado, uma das vítimas, resumiu o seu sentimento de irritação, se limitando a dizer que “estou indignada. Ele matou três pessoas, matou a minha filha. Dois anos apenas, eu passei o dia inteiro aqui? Isso é uma vergonha. Uma palhaçada. Agora está na mão de Deus. Eles tem filhos. Não quero mais falar”.

O advogado do médico após a leitura da sentença, salientou que irá fazer uma análise com seu cliente para saber se irá ou não recorrer. “Num primeiro momento estamos contente com o resultado”, argumentou Dr. Cláudio Gastão da Rosa Filho.

Por Julnei Bruno