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Perito afirma que jovem morreu por intoxicação respiratória no interior de Capinzal

Perito do IGP confirma morte por intoxicação

O perito Alexandre Tobouti informou a reportagem da Rádio Capinzal e do Jornal A Semana que a morte do jovem Gilberto Carlos Zago, de 25 anos, em uma granja no interior de Capinzal, teria sido por intoxicação respiratória. Com isso, a hipótese de homicídio, cogitada inicialmente, está praticamente descartada.

Tobouti explica que um dos motores responsável por provocar a combustão da fornalha estava desligado, nisso o trabalhador entrou no equipamento para tentar acender o fogo, foi quando acabou se intoxicando com a fumaça. Parte do corpo dele estava dentro da fornalha, porém, não chegou a queimar.

O fato aconteceu no inicio da manhã desta quinta-feira, dia 03, na granja Alto Alegre, na comunidade homônima, no interior de Capinzal. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas chegando ao local constatou que o jovem não apresentava mais os sinais vitais.

Gilberto que residia na comunidade de Vidal Ramos trabalhava há poucos dias na granja e tinha pouca experiência no serviço. O corpo será velado no salão comunitário de Vidal Ramos e o sepultamento no cemitério da comunidade de Linha Caravágio, interior de Peritiba.

Intoxicação respiratória

Uma reportagem feita pelo Fantástico sobre a tragédia na boate Kiss em Santa Maria (RS) no dia 27 de janeiro de 2013 onde 242 pessoas morreram por causa de intoxicação respiratória, explicou que o ar entra pela boca ou nariz, passa pelas traqueias, vai para os brônquios e chega aos alvéolos, que ficam no final do pulmão. É através dessas células que ocorrem as trocas gasosas: o oxigênio entra no sangue e o gás carbônico é retirado. Esse processo respiratório é muito rápido, dura menos de um segundo.

Quando inalamos fumaça, ela faz o mesmo caminho do oxigênio e demora o mesmo tempo para chegar aos pulmões. A primeira reação do nosso corpo é combater essas substâncias tóxicas. As células de defesa começam a liberar enzimas, só que elas atacam as próprias células do pulmão, onde estão as substâncias tóxicas. A parede do alvéolo se rompe e, onde deveria haver ar, passa a haver sangue. A consequência disso é que não entra mais oxigênio e a pessoa morre.

Fonte e fotos: Jardel Martinazzo / Rádio Capinzal