Greve dos bancos atinge 6 agências em Joaçaba

Aumenta o número de agências bancárias em greve

Mesmo tendo uma reunião importante às 14h desta terça-feira (13), para uma nova proposta por parte da classe patronal, os funcionários dos bancos privados (Santander, HSBC, Itaú e Bradesco) também resolveram cruzar os braços a partir de hoje, e aderir a greve nacional.

Já na semana passada, quando do início da paralisação, os bancos públicos como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal de Joaçaba e Herval d´Oeste, entre outros da região já tinham paralisado suas atividades.

“Estamos somente com o Banrisul em Joaçaba ainda atendendo a população, bem como o Banco do Brasil em Luzerna. Esperamos que essa atitude possa pressionar os patrões para que apresentem ao nosso Sindicato Nacional, uma proposta condizente para que possamos voltar as nossas atividades normais, quem sabe ainda no dia de hoje, dependendo do resultado desta reunião em São Paulo”, resumiu Ademir Zambiazzi, presidente do Sindicato dos Bancários.

Na última sexta-feira (09), os bancários decidiram manter a greve iniciada na terça, rejeitando a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7%, explicou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Mais de 10 mil agências e aproximadamente 60 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, de acordo com a Contraf.

Reivindicações
A categoria havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban disse em nota que “o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”.

Por Julnei Bruno