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Síndrome mão-pé-boca faz creche de Herval d´Oeste fechar por dois dias

Creche Profª Tânia Piovesan no bairro São Jorge – arquivo

Depois de atingir alguns municípios da região, desta vez a síndrome mão-pé-boca que é uma virose contagiosa e não é grave chegou a cidade de Herval d´Oeste, ocasionando o fechamento por dois dias do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Tânia Piovesan, localizado no Bairro São Jorge.

Devido ao número de crianças que estão com esta síndrome, em torno de 20, achamos por bem juntamente com a direção do educandário, fechar a creche nesta quarta e quinta-feira, voltando as atividades normais na sexta. Vamos aproveitar os dois dias para fazer um trabalho de higienização no local”, resumiu o secretário da Educação, Cultura e Esportes de Herval d´Oeste, Mauro Martini.

Segundo ele, mais crianças estão apresentando estes sintomas em outros educandários, mas em pequena quantidade, o que faz com que as aulas continuem normalmente nestes locais.

O Centro Municipal de Educação Infantil Tânia Piovesan, atende aproximadamente 150 crianças, sendo considerada uma das maiores creches de Herval d´Oeste.

O que é a síndrome mão-pé-boca

A doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade.

São sinais característicos da doença mão-pé-boca:

– febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;

– aparecimento na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;

– erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

Não existe vacina contra a doença.

Sintomas

O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum. Quando a sintomatologia típica da doença mão-pé-boca se instala, a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre alta e gânglios aumentados, seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia. Por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação. Por isso, é preciso redobrar os cuidados para mantê-la bem hidratada e recebendo alimentação adequada.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Em alguns casos, os exames de fezes e a sorologia (exame de sangue) podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção.

É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele.

Tratamento

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios.  Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves.

O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.

Recomendações

* Nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes. Fique atento, portanto;

* Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete, são mais fáceis de engolir; já os alimentos ácidos, muito quentes e condimentados são mais dificeis;

* Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;

* Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção;

* Lembre sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada.

Por Julnei Bruno