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BRF firma acordo com MPT para adequar o ritmo de trabalho em unidades de todo o país

Foto: Ministério Público do Trabalho / Divulgação

A companhia de alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, e o Ministério Público do Trabalho (MPT), firmaram um termo de compromisso de âmbito nacional visando assegurar um ritmo de trabalho adequado em todas as unidades de abate e processamento de aves. A informação é da assessoria de imprensa do MPT.

Pelo acordo, a empresa deve observar o ritmo de trabalho adequado em atividades repetitivas, com base no chamado Método Ocra, sendo proibido exceder 11 pontos dos tópicos do referido método, sendo admitido 10% de variação no grau de risco. A redução do ritmo será feita de forma gradual nas unidades de abate e processamento de aves da empresa em todo o Brasil.

A prioridade, inicialmente, são os estabelecimentos de Rio Verde (GO), Lucas do Rio Verde (MT), Dourados (MS), Dois Vizinhos (PR) e Uberlândia (MG). Na segundo etapa serão avaliados e adotadas medidas de adequação do ritmo de trabalho nas unidades produtivas de Chapecó, em Santa Catarina, Francisco Beltrão (PR), Mineiros (GO), Nova Mutum (MT) e Carambeí (PR). A terceira etapa abrangerá as demais unidades de abate de aves da BRF S/A.

O termo de compromisso entre o MPT e a empresa foi construído ao longo de 12 meses de negociação e segue a mesma linha dos acordos de adequação do ritmo firmados nas unidades de Capinzal (SC), Concórdia (SC), Videira (SC), Toledo (PR) e Rio Verde (GO). Após a elaboração de anexos específicos para cada unidade e previsão de limites de peças/aves manipuladas por minuto para cada trabalhador, a empresa ainda deverá instalar relógios e placas que sinalizem os limites de peças por minuto para que os próprios empregados fiscalizem o ritmo estabelecido.

O primeiro acordo entre o MPT e a BRF relacionado ao ritmo de trabalho foi implementado na unidade de Capinzal, estabelecendo pelo menos oito limites que deverão ser observados na adequação do ritmo em todas as unidades de aves da BRF no Brasil. Entre eles estão, por exemplo, a recepção das peças (12,5 por minuto), rependura (15 peças por minuto), desossa da perna (8,3 peças por minuto), embalar a perna desossada (3,9 por minuto).

Fonte: Diário Catarinense