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Engenheiro da Prefeitura de Joaçaba se manifesta sobre caso envolvendo a construção da Havan

A novela que trata da construção da Loja Havan em Joaçaba teve mais um capítulo na tarde desta sexta-feira (15). No início desta semana, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, fez duras críticas a Administração de Joaçaba pela Notificação de Embargo que a obra teve por não apresentar o Alvará de Construção.

Naquela oportunidade, ele disse que “conseguimos fazer mais do que a burocracia do Poder Público. Lamentavelmente colaboradores da prefeitura, usando da sua função, sentam em cima dos processos como se deles fossem donos e liberam quando querem”.

Muito irritado, Luciano Hang afirmou ainda que “estamos muito tristes porque nosso desejo era entregar essa obra nos próximos meses para toda a população de Joaçaba e da região. Acho que a sociedade tem que se revoltar com esses absurdos e burocracias, porque todos os dias a gente fala da burocracia, mas nós aceitamos que os burocratas façam da nossa vida um verdadeiro inferno”.

O empresário afirmou que um dos entraves apontados pela administração na obra, era a construção de 70 banheiros. Ele ao final, chegou a dizer que poderia não mais construir a Havan em Joaçaba.

Nesta sexta-feira, devido as citações e críticas por parte do dono da Havan, o engenheiro da Prefeitura de Joaçaba, Ricardo Massignani falou sobre o episódio, inclusive baseando-se em cópias de documentos, para dar a sua versão sobre este caso.

Massignani alegou dois pontos considerados por ele importantes em sua entrevista. O primeiro de que não teve demora na análise dos projetos apresentados pelos representantes da Havan, e o segundo, de que em nenhum momento houve a solicitação de instalação de 70 banheiros no local.

A solicitação para aprovação do projeto arquitetônico se deu apenas no dia 18 de agosto. A engenharia recebeu no dia 21 e emitiu parecer no dia 29 do mesmo mês. O projeto retornou para a prefeitura no dia 06 de setembro, e o Setor de Engenharia emitiu parecer dia 11. O projeto retornou dia 12 de setembro e foi recebido pela engenharia dia 14, onde será analisado conforme legislação”, disse o engenheiro argumentando que tudo isso está público, restando aos interessados fazer a consulta.

Ricardo Massignani fez questão de deixar claro que só o projeto arquitetônico não é suficiente para autorizar o início da obra. O que libera os trabalhos é o Alvará de Construção que teria sido solicitado a administração no dia 12 deste mês. “O motivo principal para o embargo da obra foi o início dos trabalhos sem o Alvará”.

Em se tratando da afirmação do empresário de que havia sido solicitado a construção de 70 banheiros no local, Ricardo Massignani frisou que “em momento algum nos pareceres técnicos emitidos, é mencionado a quantidade de banheiros. Nessa edificação tem três tipos de atividades distintas, que pelo Plano Diretor são cálculos separados para a quantidade de banheiros. O cinema por exemplo o cálculo é feito por assentos, o restaurante é por metro quadrado, ou seja, mais rigoroso do que para a loja, por isso é que eu não sei de onde surgiu esse comentário para os 70 banheiros. Nós nunca pedimos isso”.

Concluindo o engenheiro disse estar chateado com a repercussão deste caso, mesmo com vários apoios recebidos de pessoas esclarecidas. “O importante é que estamos tranquilos e seguindo tudo dentro da legalidade. Por isso estou solicitando a administração que publique em todos os locais possíveis os nossos pareceres, porque queremos tratar deste caso com a máxima transparência”.

Por Julnei Bruno