Geral
14/03/2012 O Ministério Público Federal obteve liminar suspendendo as obras de construção do Laboratório Regional de Controle de Qualidade de Trabalho, no Município de Capinzal, no meio-oeste do Estado. A decisão da Justiça Federal também suspende o repasse, por parte da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de qualquer valor decorrente do respectivo convênio. O Município também foi impedido de efetuar qualquer repasse à construtora responsável pela obra.
A ação cautelar foi ajuizada pelo procurador da República em Joaçaba, Daniel Ricken, contra a Funasa, o Município de Capinzal e a Construtora Cidade Alta. Os pedidos têm por objetivo resguardar o patrimônio público e produzir as provas necessárias a fim de responsabilizar os agentes envolvidos.
Relatório da CGU e Recursos do PAC - O Município de Capinzal firmou convênio com a Funasa com o objetivo de implantar o Laboratório Regional de Controle e Qualidade de Trabalho. A obra, com mais de mil metros quadrados, seria realizada com recursos do programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para tanto, a Funasa repassou R$ 2.327.600,00 ao município, que teria que investir, como contrapartida, R$ 79.243,45. Após o processo licitatório, a empresa Construtora Cidade Alta venceu a Tomada de Preços. A construtora apontou falha no projeto executivo e solicitou aditivo ao contrato de suprimento. Segundo o procurador Daniel, com o aditivo, o valor da obra foi elevado acima do valor autorizado para a Tomada de Preços, modalidade de licitação mais simples que a Concorrência.
Por meio do Programa de Fiscalização de Municípios, a CGU constatou uma série de irregularidades, como a apresentação do Plano de Trabalho sem cronograma e a ausência de licença ambiental prévia. A CGU também constatou o superfaturamento da obra na aquisição de cimento.
O relatório da CGU foi encaminhado à Procuradoria da República em Joaçaba, que requisitou à Polícia Federal instauração de inquérito para apurar os fatos. Os peritos federais vistoriaram o local.
PF detectou erros estruturais na obra - Conforme a PF, embora o assunto principal seja o superfaturamento das fundações da obra e a legalidade do termo aditivo, os defeitos e erros construtivos observados chamaram a atenção. Foram observados erros de projeto e de execução que comprometem a obra, exigindo mais reformas e manutenções.
Entre os erros observados, pilares fora de prumo, erros de concretagem, ferragens expostas ao tempo, enormes marcas de emendas de concretagem, além de trincas e fissuras em lajes.
Conforme o procurador da República Daniel Ricken, os defeitos observados levaram que a PF temesse pela estabilidade da obra. "O próprio perito da PF considera, inclusive, a possibilidade de ser necessária a demolição", justifica o procurador. Em virtude das informações coletadas até o momento, o MPF achou prudente preservar o patrimônio público e suspender todas as liberações de recursos para a obra, o que foi aceito pela Justiça Federal.
Foto: Aldo Azevedo
ENDEREÇO
Rádio Catarinense AM/FM
Avenida XV de Novembro, 608
Joaçaba-SC
CEP: 89600-000
E-MAILS
Secretaria:
central@radiocatarinense.com.br
Estudio:
estudio@radiocatarinense.com.br
Jornalismo:
jornalismo@radiocatarinense.com.br
Gerência:
gerencia@radiocatarinense.com.br
FONES
Secretaria: (49) 3551-2424
Comunicadores: (49) 3551-2410 / 3551-2411
Jornalismo: (49) 3551-2414
OUÇA A CATARINENSE NO SEU CELULAR

* clique para fazer o download