Frei Bruno: Postulador nomeado pelo Vaticano explica etapas do processo de Beatificação

Lançamento do processo de investigação aconteceu em Joaçaba no final de semana

Geral
05/03/2012

    O processo diocesano de beatificação de Frei Bruno foi aberto oficialmente na manhã desta sábado (03) durante solenidade realizada em Joaçaba com a presença do Bispo Diocesano e dos três postuladores que foram nomeados pelo vaticano para comandar o processo de investigação. O autor do processo é a província Franciscana com sede em São Paulo.

   Os freis designados são: Giovan Giuseppe Califano, postulador que vai receber a documentação e conduzir as etapas na Itália; Frei Estevão Ottenbreit – vice-postulador no Brasil com sede em São Paulo e Frei Alex Sandro Cianoscki – vice postulador de Xaxin. 

   O grupo esteve reunido em Joaçaba com os representantes da Associação de Frei Bruno e com as lideranças da Igreja Católica. Durante o encontro foram repassadas orientações e definidas etapas de trabalho no processo que poderá levar alguns anos.   A partir de agora os dois vice-postuladores vão entrevistar pessoas que tiveram contato com Frei Bruno e reunir provas testemunhais e científicas para envio ao Vaticano.

   Durante entrevista coletiva Frei Giovan Giuseppe disse que o processo no Brasil, nas regiões por onde Frei Bruno passou, poderá levar até dois anos. Após este período o material será analisado na Itália, etapa que poderá demorar cerca de 5 anos. O postulador vai atuar como advogado da causa no Vaticano. Lá, com a documentação que será enviada, existirá um relator que analisará questões como a vida, a virtude e a fama de santo do candidato, no caso Frei Bruno.

Frei Italiano, Giovan Giuseppe Califano, explica etapas do processo de Beatificação de Frei Bruno.

Conheça a oração para beatificação de Frei Bruno que foi lançada no final de semana em Joaçaba:

A Beatificação:

Com a Beatificação pelo papa, a pessoa santa passa a ser chamada de Beato ou Beata (o mesmo que Bem-aventurado). Com a Beatificação permite que se preste culto público a essa pessoa, em determinadas regiões. A beatificação surgiu no século XV, e era um privilégio concedido pelo Papa em previsão da futura canonização, permitindo que já se começasse a prestar culto a algum Servo de Deus em determinada região antes que fosse declarado santo. Nesses casos, a causa já se encaminhava para o seu fim, faltando apenas alguns dos vários milagres exigidos. No século XVII a beatificação acabou se tornando um passo obrigatório antes da canonização, e nesse sentido, muitas causas acabaram se encerrando com ela, já que os atores (da causa) não tinham mais interesse em prosseguir com os trabalhos necessários para a canonização. A beatificação passou a ser considerada uma fase completa, uma "mini-canonização", útil ao objetivo principal de poder prestar culto ao Servo de Deus na região onde ele era conhecido. Não obstante, a tendência da Igreja hoje é encarar a beatificação como um passo para a canonização, e não uma instituição completa em si. Por isso as causas são chamadas de "Causas de canonização", e não mais "Causas de beatificação" como acontecia até recentemente, antes da reforma de 1983. Juridicamente falando, a beatificação não é sequer mencionada na legislação atual, o que faz com que ela, teoricamente, não seja mais um requisito indispensável à canonização.

Nesse sentido tem grande importância a existência da beatificação, ou seja, declarar alguém Beato. O título de beato quer dizer que é permitido prestar culto público a um Venerável ( Venerável é o servo de Deus cujo processo concluiu que ele viveu as virtudes cristãs em grau heróico). Uma das diferenças entre santos e beatos é que o beato tem o seu culto limitado a algumas regiões, enquanto que o santo é cultuado universalmente, em toda a Igreja. Assim, no que diz respeito à existência de culto público em determinada região, santos e beatos se eqüivalem. A beatificação já cumpre a nível regional a função principal da canonização, que é propor o exemplo e a intercessão de um servo de Deus. Em quais regiões pode ser cultuado um beato? Nos lugares onde ele viveu, ou seja: onde nasceu, onde viveu e onde morreu. Madre Paulina, por exemplo, quando era Beata, podia ser cultuada também na Itália, sua terra natal. Isso significa que, ao dizer que uma região precisa de santos, o papa não está se referindo somente aos santos canonizados, mas aos beatos dessa região. Eles são igualmente importantes nesse sentido.

Fonte: Radio Catarinense
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