Padre é acusado de usar dinheiro de fiéis para assistir jogos da Copa do Mundo

Religioso teria consumido com livro que registra doações e contribuições

Geral
01/03/2012

    Viagens ao Exterior, à Copa do Mundo e à Fórmula-1 e a fé lesada de uma comunidade integram a denúncia feita pelo Ministério Público contra um padre e um bispo, no norte do Estado. Aceita pela juíza Marilde Angélica Webber Goldschmidt, de Gaurama, a denúncia do promotor João Francisco Dill contra o padre Robert Jacenty Domina, por apropriação indébita de recursos, e contra o bispo dom Girônimo Zanandrea, por declaração falsa em inquérito policial, é comemorada em Áurea.

     O caso remete ao ano de 2008, quando os 3,6 mil moradores da cidade, desafiados pelo padre Domina, que havia assumido a paróquia Nossa Senhora dos Montes Claros, começaram a reunir dinheiro para investir na igreja de mais de 50 anos. Para angariar recursos, foram feitos eventos comunitários e doações. A reforma, em 2010, porém, estava longe de chegar ao final, e a comunidade parou de contribuir. Algo começava a soar estranho: as obras não andavam, apesar dos R$ 484 mil arrecadados. — Constatou-se que no período das reformas o padre viajava frequentemente à Europa, assistiu à Fórmula-1, em São Paulo, e à Copa do Mundo na África do Sul — revela o promotor Dill.

Conselho paroquial encontrou contas zeradas e dívidas

    Cobrado a dar respostas, o conselho paroquial foi procurar o dinheiro e teria encontrado as contas da paróquia zeradas e muitas dívidas. Realizando casamentos e batizados num templo sem luz e em meio a andaimes, cansados da reforma que não acabava, os conselheiros procuraram a polícia.

— Só de gasolina, a paróquia devia R$ 13 mil — conta o atual tesoureiro do conselho, Hermes Mustifaga. O padre foi afastado e o conselho conseguiu retomar as obras. Um ano depois, foram gastos R$ 135 mil para reformar o interior da igreja. Enquanto a paróquia trabalha na restauração das imagens sacras, o MP chegou ao fim da investigação aberta a partir do inquérito policial. Conforme a denúncia, o padre Domina não teria prestado contas do valor arrecadado, se utilizado de parte do dinheiro em proveito próprio e destruído ou escondido o livro ouro, onde eram anotadas as doações, e o livro caixa da paróquia, que poderiam comprovar a movimentação financeira.Chamado a prestar declarações durante o inquérito, em outubro de 2010, dom Girônimo Zanandrea acabou sendo denunciado pelo MP. Ele teria dito que desconhecia as reclamações e que a prestação de contas era realizada normalmente. O padre Domina, hoje morando e trabalhando na Polônia, não foi localizado.

O bispo disse ontem, por telefone, que ainda não foi comunicado da denúncia.

Fonte: Zero Hora
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