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Filha de mulher degolada concede entrevista à Rádio Catarinense e pede por justiça

Adriane Bello Resmini filha da mulher degolada em Herval

A Polícia Civil continua na busca de tentar esclarecer o que de fato aconteceu na madrugada do sábado, dia 31, em uma residência na comunidade da Linha Santa Terezinha, interior do município de Herval d´Oeste.

Naquela ocasião, um crime bárbaro foi registrado na residência da Família Bello, quando elementos arrombaram a porta da cozinha da casa e adentraram, momento em que no quarto degolaram Lucila Bello que foi encontrada morta pelos socorristas do Corpo de Bombeiros.

Já o senhor Otávio foi encontrado caído no chão, próximo a porta de entrada, com alguns ferimentos pelo corpo e também degolado, mas ainda com vida, sendo socorrido e encaminhado ao Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) em Joaçaba.

Passados cinco dias, a Polícia Civil continua empenhada em elucidar o caso, que chocou toda a região da forma como aconteceu. Por enquanto nenhum suspeito foi preso, mas a expectativa é que nos próximos dias novidades possam ser divulgadas pelo delegado regional André Cembranelli.

Com exclusividade, a reportagem da Rádio Catarinense conseguiu uma entrevista com Adriane Bello Resmini, filha de Lucila a vítima fatal deste caso no interior de Herval d´Oeste.

Ela durante toda a conversa com o repórter Paulo César (PC), pede justiça e afirma não saber o que realmente aconteceu, muito menos se a família tinha algum desafeto.

Estamos vivendo um momento muito triste e nada nesse mundo pode consolar a gente, porque a nossa dor é imensa. A mãe era tudo para nós. Ela foi tirada de nós de uma forma cruel. Por isso nós queremos justiça”, afirmou Adriane.

Ao falar sobre a mãe, Adriane Bello Resmini só tem elogios a dona Lucila. “Ela era uma mãe e uma avó maravilhosa e companheira. Todos que a conheceram e conviveram com ela podem falar como ela era uma pessoa sensacional. Mesmo eu não morando com ela, tínhamos contato praticamente todos os dias. Nossa família era muito unida”.

Quanto ao sobrevivente Otávio Bello, tio de Adriane, ela salientou que ele está se recuperando e já está num quarto do HUST, devendo receber alta neste sábado (07).

Visitei ele na quarta-feira e ele está muito abalado e transtornado com o ocorrido. Ele lembra da cena, chora e está muito nervoso e mesmo assim pede justiça”.

Perguntada sobre o que poderia ter motivado este crime e se a família teria algum desafeto, Adriane Resmini se resume a afirmar que não faz ideia do que possa ter acontecido.

Até conversei com o tio sobre isso, mas para mim ele não disse nada. Talvez porque estava muito nervoso”.

Sobre os boatos de uma disputada por herança dentro da família, Adriane nega ter alguma informação nesse sentido. Depois do crime ela disse que já entrou na residência para pegar algumas coisas de sua mãe, frisando que o local já está organizado e limpo.

Não tem mais vestígio lá, mas entrar na casa onde a tua mãe foi morta é muito triste e dá uma dor imensa. Por isso é que nós familiares não vamos descansar enquanto esses marginais não forem para a cadeia”, finalizou Adriane Bello Resmini.

Por Julnei Bruno