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VOCÊ SABE O QUE SEU FILHO FAZ QUANDO ESTÁ NO COMPUTADOR?

Gustavo Detter morreu no domingo (Foto: Arquivo Pessoal)

Gustavo Riveiros Detter, de 13 anos, foi encontrado ainda vivo com uma corda pendurada no pescoço, na noite do sábado (15). Ele estava no quarto do pai dele, usando um computador, em contato com outros adolescentes através de uma câmera.

Marco Riveiros, tio de Gustavo, relatou à Polícia Civil em São Vicente que, após ter perdido uma partida de um jogo online, o garoto teria sido desafiado pelos outros jogadores a se enforcar.

O caso está sendo investigado pela polícia, que já constatou a existência do desafio. Todos os jovens que participavam do jogo com Gustavo serão convocados, a partir desta terça-feira (18), a prestar esclarecimentos.

Segundo o relato de Riveiro que consta no boletim de ocorrência, o sobrinho brincava online com outros tres garotos quando aconteceu o enforcamento. A cena teria sido acompanhada em tempo real pelos outros participantes do jogo.

De acordo com o delegado responsável pelo município, Carlos Schneider, a polícia investigará se a morte de Gustavo Detter foi acidental. Ainda segundo Schneider, todas as conversas e gravações entre os menores serão analisadas para tentar identificar o que realmente aconteceu. Gustavo foi velado na manhã desta segunda-feira (17), em Santos, também no litoral de São Paulo.

‘Choking Game’
O desafio que pode ter levado Gustavo à morte é conhecido como Choking Game, ou “jogo do desmaio”. Há alguns anos, as escolas começaram a alertar os pais para a prática perigosa que os adolescentes estavam fazendo até mesmo dentro das salas de aula.

Vários vídeos de jovens se espalharam pela internet exibindo uma “brincadeira” que pode levar à morte, pois tem como objetivo diminuir a quantidade de sangue no cérebro até a pessoa desmaiar.

Se existir alguma pré-disposição, o adolescente pode sofrer uma parada cardíaca e a falta de oxigênio no cérebro pode deixar sequelas graves, para o resto da vida. Com a queda, também há o risco de lesões pelo corpo e até traumatismo craniano.

 

Fonte G1