(49) 3551-2424

Pais reclamam de “pacote” proposto pelo CERT para festa Julina

cert 2O Centro Educacional Roberto Trompowsk de Joaçaba, escola referência em Joaçaba, está sendo alvo de críticas em razão de um “cardápio” indigesto que está sendo proposto para a tradicional festa Julina que será realizada no dia 15 de julho. Algumas mães que procuraram esta semana pela Rádio Catarinense entendem que o CERT, com a estratégia usada, estaria ministrando uma aula mostrando aos alunos que eles vivem num mundo capitalista e quem nem todos são iguais.

A polêmica surgiu através de um bilhete encaminhado aos pais. No bilhete o CERT informa que a APP estará comercializando comidas típicas a fim de angariar fundos para investir em melhorias na própria escola, que é mantida pelo município. No referido bilhete é sugerido aos pais a aquisição de um “pacote” no valor de R$ 10,00 onde a criança teria o direito de comer de forma livre todas as comidas típicas que serão oferecidas. O cardápio envolve cachorro quente, pé de moleque, pastel, bolo e refrigerante. São colocadas a disposição dos pais três opções com campo para assinalar. “Sim tenho interesse de participar” (pagando R$ 10,00), “Não tenho interesse e meu filho irá participar e comer apenas o lanche da escola (Pipoca e Suco)” e “Não tenho interesse e meu filho não irá participar”.

As mães entendem que a estratégia usada provoca constrangimento as crianças com menor poder aquisitivo que frequentarão a festa sem ter direito a “boca livre” por falta de adesão ao pacote proposto.

O QUE DIZ O CERT
A Central de Jornalismo da Rádio Catarinense manteve contato com a diretora do CERT, Gicéli Marcon. Ela explicou que o pacote foi sugerido pensando nos alunos da educação infantil (4 a 6 anos) com os pais tendo a liberdade de escolher em aderir pagando R$ 10,00 ou optando pelo lanche que será servido gratuitamente pela Escola, no caso pipoca, suco, bolacha e chá. Quanto a um possível constrangimento, a diretora disse que os pais que não tem condições devem procurar pela escola para que seja encontrada uma solução interna para não deixar o aluno com sentimento de exclusão. “A ideia é fazer com que todos participem e por isso pedimos que fosse liberado um lanche típico” explicou ela. A diretora deixou a escola a disposição dos pais que estão se sentindo prejudicados. “O bilhete vai depender muito da forma como eles fazem a leitura e interpretação e conversando com nós a gente vai explicar o que estamos propondo”.

Por Marcelo Santos